Rose de Freitas se desfilia do Podemos antes de ser expulsa

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

 

A senadora Rose de Freitas (ES) anunciou nesta quarta-feira (9) que vai se desfiliar do seu partido, o Podemos. Ela é autora da PEC 33/2020, proposta de emenda à Constituição facilitadora da reeleição dos membros das Mesas Diretora, claro de Davi Alcolumbre à Presidência da Casa. Só que a proposta fora rejeitada até pela legenda.

Ao ser informada no fim de semana, de que o Podemos começaria o processo da sua expulsão e suspenderia as suas atividades parlamentares, ela Rose decidiu antecipar o desligamento do partido.

Rose disse que se desfiliaaria por não aceitar “gesto de vaidade”, ou “autoritarismo.

“Sofri as agruras de uma ditadura que me restringiu a liberdade. Não posso aceitar, depois da abertura democrática, que alguém venha me colocar num banco e me dar um castigo”, acentuou.

O rumo a ser seguido pela parlamentar ainda não foi definido. Ela admitiu ter recebido convites de todas as legendas. Por enquanto ficará sem partido.

O líder do Podemos no Senado, Alvaro Dias (PR), confirmou que foram apresentados “vários” pedidos pela expulsão de Rose de Freitas do partido. Pré-candidatos dessa legenda às eleições municipais de novembro, que estão descontentes com desgastes para o partido.

No entendimento de Álvaro Dias, o partido tem que ficar unido em torno de seus objetivos. “O Podemos se constrói com o desejo de promover mudanças, e uma das questões cruciais é a alternância do poder. Quando fechamos essa questão, não nos colocamos contra ninguém, apenas defendemos uma tese programática” asseverou.

“Entulho” da ditadura

A PEC 33/2020 muda a atual regra da Constituição Federal que proíbe a recondução de membros das Mesas Diretoras, ou seja do Senado e da Câmara dos Deputados, para o mesmo cargo em duas eleições consecutivas. Para Rose o texto é “entulho” que remonta a ditadura militar. Ela acredita que o Congresso deverá discutir o tema com maior liberdade.

O Podemos trabalha para lançar um candidato próprio à Presidência do Senado na próxima eleição da Mesa Diretora, em fevereiro de 2021. A legenda é a terceira maior bancada no Senado, com 11 parlamentares, que ficará com 10 após a saída de Rose, atrás do PSD, que tem 12, e do MDB, com 13.

“Se o partido pretende apresentar uma candidatura, [a PEC] não impede que isso seja feito. Vão ao Plenário debater, como todos, mas não se pode subtrair da disputa um candidato a reeleição”, concluiu Rose de Freitas. Com informações da Agência Senado.

 

Mais lidas

Vitória para policiais civis e militares d...
Time Brasil BRB vence na abertura da Copa ...
Solidariedade em ação: Ajude as vítimas da...
...