Disseminação de informações distorcidas prejudica resposta às emergências
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, encaminhou à Polícia Federal (PF) um pedido para investigar a disseminação de notícias falsas relacionadas às recentes enchentes no estado do Rio Grande do Sul (RS). O pedido atende a um ofício da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), assinado pelo ministro Paulo Pimenta, chefe da pasta, e foi motivado por uma série de informações distorcidas que circularam nas redes sociais, atribuindo as enchentes a supostas negligências das autoridades locais.
Mais de 300 municípios do Rio Grande do Sul encontram-se em estado de calamidade, resultando em uma tragédia com 100 mortos e centenas de desaparecidos, afetando diretamente mais de 1 milhão de pessoas. O ofício ressalta a preocupação com o impacto dessas narrativas na credibilidade das instituições e na resposta adequada às emergências causadas pelas enchentes.
A Secom indicou 13 perfis anônimos ou identificados nas redes sociais que teriam atuado diretamente na disseminação de notícias falsas. Após a publicação da nota oficial do governo sobre os desdobramentos do ofício da Secom, alguns dos perfis mencionados apagaram as próprias publicações que foram usadas como fundamento para o pedido de investigação.
Entre os perfis mencionados estão figuras conhecidas, como Pablo Marçal, Cleiton Azevedo, Thiago Asmar, Leandro Ruschel, Fernanda Salles e Stefanny Papaiano, que têm sido associadas à divulgação de informações enganosas sobre os acontecimentos no RS.
Até o momento, não há informações sobre o início das investigações e em quais artigos do Código Penal os perfis mencionados poderão ser enquadrados. A solicitação do Ministro da Justiça reflete a preocupação com a disseminação de notícias falsas e seus potenciais impactos na sociedade.
