Desagregação familiar e criminalidade: A falta de políticas públicas no Brasil

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Por Aderval Andrade

 

A correlação entre desagregação familiar e criminalidade tem sido tema de debates entre especialistas em criminologia e sociologia no Brasil. Embora haja diversas teorias e estudos sobre essa relação, é crucial entender que ela não é simples nem unidimensional. A falta de políticas públicas eficazes agrava esse quadro.

 

Apesar de existir uma correlação entre desagregação familiar e criminalidade, especialmente em comunidades carentes, estabelecer uma relação direta é desafiador. A pobreza, o acesso à educação e oportunidades de emprego, além da qualidade do ambiente social, também influenciam significativamente os índices de criminalidade. Nesse sentido, a falta de políticas públicas eficazes amplia indiretamente esses problemas, como pode ser observado nas diferentes manchas criminais pelo país.

 

A desagregação familiar aumenta os riscos de comportamento criminoso, principalmente entre jovens, ao privá-los de referências estáveis. A ausência de supervisão e suporte emocional pode levar ao envolvimento em atividades ilícitas desde cedo, iniciando uma trajetória infracional.

 

A falta de referências familiares positivas leva os jovens a buscar identidades fora do núcleo familiar, expondo-os a influências negativas. A falta de suporte emocional pode levá-los ao mundo do crime, com aliciadores prontos para oferecer apoio.

 

Além disso, a desagregação familiar está associada a altos níveis de estresse, afetando o bem-estar emocional e psicológico dos envolvidos, o que pode contribuir para comportamentos problemáticos e envolvimento em atividades criminosas.

 

Reconhecer a importância da família na prevenção da criminalidade destaca a necessidade de políticas públicas voltadas para o apoio às famílias em situação de vulnerabilidade social. Isso inclui programas para fortalecer habilidades parentais, oferecer suporte emocional e financeiro, promover estabilidade familiar e qualificação profissional para evitar a dependência de programas assistenciais.

 

Em suma, é fundamental considerar a complexidade dos fatores que influenciam o comportamento criminoso e abordar essas questões de forma holística e multifacetada na sociedade brasileira.

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