Selic em 10,75%: O impacto nos investimentos e na economia brasileira
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central concluiu mais uma reunião nesta quarta-feira, 20, mantendo a trajetória de cortes da Selic em 0,50% pelo sexto mês consecutivo. A taxa básica de juros agora está fixada em 10,75% ao ano. Em seu comunicado, o BC reduziu sua indicação sobre cortes futuros, indicando que antevê cortes na mesma magnitude apenas na próxima reunião e não mais em encontros subsequentes, como vinha sinalizando anteriormente.
“Em função da elevação da incerteza e da consequente necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária, os membros do Comitê, unanimemente, optaram por comunicar que antevêem, se confirmado o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião”, informou o Copom.
O corte de 0,50 ponto estava dentro do esperado pelo mercado, mesmo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro fechando em 0,83%, acima das previsões. Este é o oitavo corte consecutivo desde agosto do ano passado.
Apesar da nova redução, o Brasil permanece na segunda colocação no ranking mundial de juros reais, ficando abaixo apenas do México, conforme levantamento da Infinity Asset Management com os 40 países mais relevantes do mercado de renda fixa global. Diante desse cenário, investidores e poupadores estão atentos aos efeitos desse movimento sobre os rendimentos da poupança, Tesouro Direto e CDB.
