O conturbado caminho do senador e suas alianças polêmicas
O ingresso do senador Izalci no Partido Liberal (PL) gerou um turbilhão de críticas e desconfiança, especialmente entre os chamados “bolsonaristas raízes”. Ao se posicionar estrategicamente próximo à janela do partido, simbolicamente despertou suspeitas sobre sua lealdade política. Essa desconfiança é ainda mais acentuada pelo fato de o senador anunciar sua candidatura ao governo, mesmo estando filiado a um partido da base aliada do governo, o que contradiz as expectativas dos seguidores do presidente Bolsonaro.
O PL recentemente comprometeu-se com a reeleição de Celina Leão, conforme anunciado por Michele Bolsonaro em um evento na CLDF, na presença da atual vice-governadora. Nos bastidores, circula a informação de que a presidente do partido, Bia Kicis, que também controla a secretaria de Agricultura, não concordou com a mudança súbita de filiação de Izalci e sua suposta adesão ao bolsonarismo.
A história política de Izalci, marcada por filiações partidárias cambiantes, deixou um rastro de decepção em quase todos os partidos por onde passou. Seu último partido, o PSDB, foi afetado pela sua tentativa de impor sua candidatura ao governo em 2022, o que resultou em um desempenho eleitoral desastroso, obtendo apenas 70 mil votos e deixando o partido praticamente inviável antes mesmo de sua saída oficial.
Agora, no PL, a deputada Bia Kicis parece determinada a não repetir os erros do passado. Ela sinalizou que no partido existe uma fila e que Izalci não pode simplesmente chegar e assumir uma posição de destaque sem obedecer a hierarquia interna. Sua mensagem é clara: ele deve ser colocado em seu devido lugar.
