PCMG amplia investigação de cervejas da Backer entre 2018 e 2019

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A Polícia Civil de Minas Gerais investiga vítimas de intoxicação após o consumo de cervejas da marca Backer que ocorreram em 2018 e 2019. Ou seja, até dois anos antes da descoberta de lotes contaminados pela substância tóxica dietilenoglicol.

Até agora, há 34 casos em investigação descobertas em 2020. Elas apresentaram graves problemas renais e neurológicos. Seis morreram.

Em entrevista coletiva, realizada nesta sexta-feira (14), o delegado responsável pelo caso, Flávio Grossi, não detalhou a quantidade de casos antes de 2020, mas afirmou que há pessoas com quadros delicados de saúde.

“Há uma coincidência pregressa, que é o consumo de cerveja. Temos pessoas com debilidade pequena mas temos pessoas em condições graves”, afirmou.

Na última quarta-feira, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou o bloqueio de bens da Backer para reparação de danos aos consumidores atingidos. O bloqueio pode chegar à quantia máxima de R$ 100 milhões de reais, divididos entre valores, veículos e imóveis.

A decisão foi tomada após pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Ele foi feito para garantir que a empresa tenha recursos para pagar indenizações às vítimas que podem ser determinadas pela Justiça.

Até agora, a Polícia Civil de Minas Gerais ouviu 39 pessoas. A maneira como o dietilenoglicol foi parar nas cervejas segue sendo um mistério.

A empresa afirma que nunca comprou a substância. O Ministério da Agricultura anunciou ter encontrado o produto em amostras de vários rótulos da cervejaria e na água utilizada na produção. A empresa contratou uma perícia técnica que afirmou não ter encontrado dietilenoglicol na água.

Procurada sobre as declarações da Polícia Civil, a cervejaria ainda não se manifestou.

A polícia não descartou ainda a possibilidade de sabotagem. A fábrica da Backer está fechada desde 10 de janeiro e seus produtos não podem ser comercializados. Mais de 100 funcionários já foram demitidos.

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