Jejum intermitente: devo realmente fazer?

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

 

 

O método oferece duas alternativas populares: jejum diário (16:8) e jejum de dias alternados (5:2). Mas especialistas não recomendam nenhuma das práticas.

 

Na luta contra a balança, cada pessoa tem o seu método favorito para perder peso. Entre as dietas mais populares do momento está o jejum intermitente, que consiste em restringir a quantidade de tempo durante o dia em que é possível comer. Uma das vantagens da dieta é não precisar cortar alimentos, pode-se comer de tudo. Para quem escolhe o jejum intermitente, há dois possíveis caminhos: utilizar o método 5:2 ou 16:8.

No método 5:2 é possível comer normalmente durante cinco dias na semana e fazer jejum em dois dias, que devem ser alternados. Nos dias em que a alimentação é restrita, só é permitido comer 500 calorias por dia de jejum. Já no método 16:8, as pessoas fazem jejum todos os dias durante 16 horas, nas oito restante é permitido comer qualquer alimento.

Apesar de parecer uma boa forma de controlar o peso, alguns especialistas criticam a dieta. “As pessoas estão pedindo por problemas e podem ficar doente”, comentou Christopher Sciamanna, do Centro Médico Milton S. Hershey, nos Estados Unidos. em comunicado.

Perigos

Segundo ele, a maioria das pessoas não consegue manter essa dieta porque o corpo não aguenta passar tanto tempo sem comer, ainda mais quando precisa fazer as atividades diárias como se estivesse na rotina alimentar normal. Esse é especialmente o problema com a versão 5:2. Além disso, esse método também promove perda da massa muscular e óssea. Isso pode comprometer os resultados a longo prazo, pois o músculo é o principal responsável pela queima de calorias.

Já o método do jejum diário – o mais popular entre quem pratica o jejum intermitente – pode ser benéfico para quem tem diabetes, pois ajuda a combater a resistência insulínica. “Estudos mostram que a presença da insulina é o sinal para armazenar calorias como gordura; portanto, em teoria, se o seu nível de insulina for menor ao longo do dia, isso poderá ser suficiente para perder peso por si só”, explicou Sciamanna.

Ainda assim. ele ressalta que existem poucas evidências que comprovem a segurança da dieta em longo prazo, seja para quem tem diabetes ou para quem é saudável. “Se você vai fazer algo que não foi muito estudado, saiba que está sendo uma cobaia, e eu não acho que seja uma boa ideia”, alertou.

O que fazer?

De acordo com Sciamanna, a melhor forma de perder peso e manter um alimentação balanceada, com redução de calorias de forma saudável e que possa ser sustentada a longo prazo. Dessa forma, o corpo recebe a energia que precisa ao mesmo tempo em que a pessoa consegue emagrecer. A recomendação é baseada em estudos mostrando que os resultados do jejum intermitente são semelhantes para outras formas de dietas tradicionais.

Vale lembrar que antes de iniciar qualquer tipo de dieta é importante consultar um especialista. (Veja)

Mais lidas

Brasília solidária: 100 toneladas para o Sul
Ataque a William Bonner: Globo reforça seg...
Impactos sociais e econômicos em debate
...