Iron Maiden lança 17º álbum e mostra que está cada vez mais pesado

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Disco reforma o motivo do Iron Maiden continuar lotando shows, mesmo depois de mais de 40 anos de carreira - (crédito: John Mcmurtrie/Divulgação)

 

Grupo lança ‘Senjutsu’, o primeiro trabalho inédito em seis anos, mostrando que a banda não perdeu o vigor criativo

 

Poucas bandas na história marcaram tantas gerações quanto o Iron Maiden. O grupo tem 46 anos de estrada e fãs espalhados no mundo inteiro. O Iron Maiden, atualmente formado por Bruce Dickinson, Steve Harris, Dave Murray, Adrian Smith, Nicko McBrain e Janick Gers, mostrou que o impacto e a influência não diminuem com o tempo, e acaba de lançar Senjutsu, seu 17º álbum da banda, o primeiro trabalho inédito em seis anos, que marca um retorno triunfal da banda aos estúdios.

Senjutsu é um disco que reforma o motivo do Iron Maiden continuar lotando shows, mesmo depois de mais de 40 anos de carreira. As músicas são como jornadas épicas, os riffs e solos de guitarra são como retornar no passado e na história da banda. O grupo abusa canções longas, das 10 faixas do disco, oito tem mais de seis minutos, sendo três acima dos 10 minutos. O álbum realmente leva o ouvinte a uma saga. Em certos momentos, opta até por criar uma atmosfera energética, como no caso da música Darkest hour que é iniciada e terminada com o som de ondas do mar em uma praia.

Após seis anos, apresentar um novo disco é uma responsabilidade, ainda mais se levado em conta o currículo de sucessos que tem a Donzela de Ferro, forma como os fãs brasileiros chamam a banda. “Com todos os seus membros com pelo menos 63 anos de idade, o lançamento de mais um álbum de inéditas da Donzela impõe a necessidade de criar e de contar histórias que artistas de carreiras já consolidadas ainda sentem”, afirma Lucas Gomes, professor e participante do podcast Vinil na Estante (VnE), programa disponível no Spotify que discute o gênero metal de forma “mais moderna e sem preconceitos”, segundo os próprios membros. “Afinal, não há necessidade financeira, nem interesse em tocar em rádios, então o que mais brilha no álbum e na banda hoje em dia, é a garra e a energia que eles ainda mostram em suas composições e seus refrões pegajosos”, completa.

O disco foi gravado e produzido antes da pandemia, em 2019, durante uma pausa da turnê Legacy of the Beast, uma série de shows do Iron Maiden para divulgar um jogo para dispositivos móveis e fazer um passeio pela história e grandes hits do grupo. No entanto, todo o processo foi afetado pela crise sanitária, o que gerou atrasos importantes que adiaram o álbum para setembro de 2021. A trajetória do lançamento começou apenas em julho deste ano, com o primeiro single do disco, The writing on the wall, sendo apresentado ao público com direito a um clipe em animação idealizado por Bruce Dickinson e dois ex-executivos dos estúdios Pixar.

Eddie com o novo visual samurai

O título Senjutsu é uma palavra japonesa que significa táticas e estratégias, em tradução literal. Toda temática visual do disco gira em torno da figura do samurai, até o mascote da banda, Eddie, foi vestido de samurai, com as famosas artes Mark Wilkinson, que há anos desenha o monstro, para o lançamento de discos.

O álbum foi recebido de forma efusiva por fãs e pela crítica internacional. Nenhuma das resenhas iniciais de sites deram notas abaixo de 7 para o lançamento mais novo do Iron Maiden. Senjutsu apresenta a banda na melhor forma, com Bruce Dickinson ainda atingindo notas difíceis, as composições de Steve Harris complexas e épicas, e as estruturas musicais feitas para o sucesso em shows, com longas partes em que o público pode acompanhar cantando.

“Nenhuma banda de heavy metal precisa chegar ao 17º álbum para provar algo, mas como é bom termos a oportunidade de ouvir esses senhores brincando com instrumentos e com a arte mais uma vez”, pontua Lucas Gomes. Contudo, apesar do bom trabalho, não é uma unanimidade que o álbum foi só acertos. Para João Pedro Peralta, outro integrante do podcast VnE e interessado em metal, a primeira impressão do disco apresenta pontos positivos e negativos. “O álbum traz algumas experimentações, principalmente na primeira parte, que revigoram a sonoridade da banda, em comparação aos últimos anos. Entretanto, na segunda metade, o Iron Maiden recorre novamente a alguns vícios maçantes que me desagradaram nos últimos álbuns, como faixas desnecessariamente longas e pretensiosas”, comenta.

Os shows são o próximo passo do Iron Maiden, que está com a última turnê por terminar e se prepara para rodar o mundo em 2022. Uma das principais paradas da viagem da Donzela de Ferro é justamente no Brasil. Os roqueiros se apresentam no Rock in Rio 2022 em 2 de setembro. Completam as atrações do Palco Mundo na noite a banda Dream Theater, Megadeth e Sepultura.

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