GDF: viaduto do eixão a caminho da CPI

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Por Rômulo Loiola

O ex-diretor do Departamento de Estradas e Rodagem do Distrito Federal DER-DF, Henrique Luduvice, primo do governador Rodrigo Rollemberg, disparou ataques com uma farta documentação que contradiz o governador e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil – NOVACAP.

Em audiência pública nesta quinta-feira (15), Luduvice entregou para a Câmara Legislativa uma farta documentação que responsabiliza a NOVACAP pelo desabamento do viaduto da Galeria dos Estados no coração de Brasília. A ausência do governo e o desprezo aos relatórios que atestavam a necessidade urgente de manutenção deixam claro que o governo tinha ciência do perigo que o viaduto representava.

Em abril 2013 o Laboratório de Sistemas Estruturais – SBE, sob o comando do engenheiro e professor Pedro Almeida, da Universidade Federal de São Paulo – USP, concluiu o projeto com as recomendações de urgência. Com esse relatório a Diretoria de Obras Especiais – DOE da NOVACAP  declarou em maio de 2017 por meio de documentos que: “a não efetivação de intervenções essenciais pode ocasionar eventos de consequências irreparáveis”.

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, que mantinha uma agência na Galeria dos Estados encaminhou em março de 2017 um ofício à NOVACAP informando a respeito das circunstâncias de deterioração que envolviam o viaduto.

O GDF responsabilizou o DER pela não manutenção e responsabilidade pelo desmoronamento da obra, o que provocou um rompimento nos laços familiares com a demissão do primo e diretor do DER, Henrique Luduvice. No entanto, desde 2011 por determinação do próprio GDF a área da Galeria dos Estados estava sob a responsabilidade da NOVACAP. Documentos estão sendo omitidos pela NOVACAP a fim de isentá-la das responsabilidades.

Ainda segundo Luduvice “outros 11 viadutos possuem a mesma concepção do viaduto que desmoronou”. No episódio da queda do viaduto por muita sorte ou proteção divina nenhuma vida foi vitimada. Porém, não se sabe o que poderá ocorrer em um novo evento preliminarmente premonizado nos órgãos responsáveis.

A presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia CREA/DF, Maria de Fátima Ribeiro Có, defendeu a restauração da obra. Já o professor Adjunto do Curso de Engenharia Civil e Ambiental da UNB, Doutor Cláudio Henrique de Almeida Feitosa Pereira, apresentou parecer da Universidade em que recomenda a demolição e reconstrução total da obra.

O vice-presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz (PMDB-DF) que comandou a Audiência Pública protestou com a ausência de representantes do governo. “Eles mentiram na Audiência anterior e agora sabiam que estávamos documentados para esclarecer a verdade. Não vieram e agora vamos para a CPI, e é pau, pau, pau”. Esbravejou o deputado. (QuidNovi)

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