De que lado você está?

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Por Carlos Arouck

Manobras políticas e ideológicas. Hoje, o que acontece em nosso país é uma guerra com regras, exércitos e objetivos muito bem determinados. De um lado temos a esquerda que tem como objetivo implantar o socialismo como caminho para alcançar o paraíso comunista. Esses doutrinadores acham que, por uma ação misteriosa, o comunismo vai funcionar agora, contrariando toda a história de fracasso e mortes até então. Do outro lado, temos os da direita com os conservadores/liberais que normalmente estão divididos por falsas informações. Na verdade, os conservadores não conduzem e seguem sendo conduzidos por narrativas desagregadoras como as do Coaf, da saída de Moro, das falas do Guedes e do Bolsonaro, do Queirós, dos filhos do Presidente, da alta do dólar, entre outras.

Bolsonaro é atualmente o rei do tabuleiro de xadrez, o representante da direita eleito democraticamente que pode levar o Brasil para o caminho da prosperidade em um curto espaço de tempo. É necessário ter atenção não por Bolsonaro e sim pelo que ele representa. A direita não costuma ser proativa e se acostumou a apenas reagir aos ataques da esquerda. O resultado dessa estratégia equivocada é a exposição do rei nesse jogo de xadrez, e consequente desgaste de sua imagem, além de divisões na ala conservadora. A luta não cessa, não há vontade política por tréguas, não se busca consenso, a esquerda somente busca poder. Aqueles que não querem a volta do PT e nem trilhar os caminhos do socialismo precisam tomar partido, que por sua vez tem um preço, significa seguir um chefe. No caso, o Chefe Maior dos brasileiros, no momento, Jair Bolsonaro. Um soldado pode até não concordar com a guerra, mas sempre vai seguir o general não importando cor, beleza, religião do comandante. Alguns que se dizem de direita não entendem o jogo em questão e reclamam de tudo, pautados pela esquerda. Seja por falta de CPI que nunca deu em nada, seja por exigirem crescimento do País sem sacrifícios, seja por ansiarem por mudanças instantâneas…e com isso desprotegem e enfraquecem o rei.

Para alcançar os objetivos traçados e enfrentar seu enfraquecimento, a esquerda tenta mudar de discurso a fim de voltar a iludir as massas com o velho canto da sereia. Todo mundo sabe e conhece a trajetória do PT no Brasil, que se passou por um partido de luta dos trabalhadores para se mostrar como um partido responsável por um dos maiores esquemas de corrupção do mundo. Ao ser descoberto por meio da Lava Jato, o PT e sua estrutura corrompida caiu por terra, junto com seu líder presidiário. A solução possível e imediata foi promover uma transformação da marca desgastada do PT. Como bem descreveu Guilherme Fiuza, em seu texto “O BBB da Renovação Política”, “foi aí que nasceu a revolução de auditório… um movimento de renovação nacional com receita tão simples que qualquer um pode fazer’. Basta uma Tábata Amaral, um Luciano Huck, um partido político e um grande capitalista para maquiar o surgimento de uma nova liderança tão perversa quanto o PT e que de novo não tem nada. O que vale é a reciclagem do modelo petista, porém mantendo as mesmas ideias ruins para o país. Os militantes dessa nova esquerda “renovada” fingem indignação e conclamam a população à resistência ao governo fascista. A intenção é usar o próprio povo para bombardear as reforma liberais que avançam e marcam a destruição dos socialistas.

Some-se a isso a transformação dos antigos petistas em psolistas. Um bom exemplo é o deputado Marcelo Freixo, petista por quase 20 anos e agora no PSOL, que no 40° aniversário do PT discursou criticando o Presidente: “Eu honestamente acho que nós não temos que resistir ao governo Bolsonaro. Nós temos que destruir o governo Bolsonaro. Porque a ideia de resistir é a ideia de ganhar tempo.

A palavra resistência é linda, faz parte do vocabulário da esquerda, mas neste momento a gente precisa mais. (…) Nós precisamos, para sobrevivemos , destruir o governo Bolsonaro, mas não em nome dos nossos partidos e sim em nome do nosso povo”. Suas palavras lembram a dos políticos que instalaram em seus países governos nada democráticos, sem diálogo com os trabalhadores. Freixo é apoiado por artistas, intelectuais, ricos, que contraditoriamente pregam a revolução social, porém vivem de forma aristocrática. Não tem o apoio da classe trabalhadora, sofrida, pobre que se cansou com a política de corrupção da esquerda, com a vida de privilégios e de gosto pelos artigos de luxo daqueles de quem esperavam dar o exemplo ético e moral. A grande arma dos socialistas sempre foi a sua retórica, o plano das ideias; na prática, os discursos bem escritos não se concretizaram e trouxeram perda de credibilidade e consequente perda de poder de persuasão. Se você colocar tudo isso no caldeirão do Hulk pode até sair um Papa argentino, aí dá feito a renovação da new left.

O Brasil chora todos os dias. Seja pela morte de um filho, de um colega e até mesmo por sonhos roubados. Um dia, quem sabe, chegaremos num patamar de progresso moral quando todos saberão o valor de cada conquista, e ninguém vai querer o bem alheio, produto do mérito de seu próximo. Um tempo quando “raposa” será apenas a denominação de um animal, e não o adjetivo de algum elemento da sociedade. Até lá, estamos todos em guerra. Uma guerra íntima e coletiva, Decida de uma vez de que lado você está.

* Policial federal, Carlos Arouck é formado em Direito e Administração de Empresas, instrutor de cursos na área de proteção, defesa e vigilância, consultor de cenários
políticos e de segurança pública,

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