“Bora Gabi, Bora, Gabi…. escala !!!”, é o que ouve a jiteira supercampeã de Ceilândia em competição

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“Bora Gabi, bora Gabi, solta a manga do braço…escala!!!! É o que a determinada Gabriela Bezerra Mota, de 15 anos, se acostumou a escutar, entre outras orientações quando está no tatame diante da oponente na competição de Jiu-Jitsu. 

E até hoje foram muitos. Ao entrevistar Gabi, por celular, o repórter do Tudo OK Notícias só ouvia o tilintar das medalhas, onde a atleta procurava as datas das dezenas de competições que ela faturou no tatame.

Quer saber como uma menina de então 11 anos se interessou pelo jiu-jitsu? Nessa idade, a guerreira Gabi frequentava as aulas de capoeira mas sempre fica com um olho na galera ao lado do jiu-jitsu. “Acabei que eu ia para aula de capoeira, mas ficava prestando atenção mais na aula de jiu-jitsu que na capoeira. Não mãe, eu vou lá conversar com o professor e a gente vê. Eu fiz uma aula experimental e estou até hoje”, descreve o que a levou a praticar jiu-jitsu. Gabi, contou ao Tudo OK Notícias que participou pela primeira vez de uma competição de jiu-jitsu para competir foi em 2017. Campeonato Brasileiro Centro-oeste de Jiu-jitsu e foi campeã, há três finais de semana. Ela foi três vezes Campeã Brasiliense. Os campeonatos conquistados por Gabi não ficam por aí, ela detém o Internacional Pró de Brasília, o Internacional do Rio do Rio de Janeiro, vice-campeã do Brasileiro de Jiu-jitsu de São Paulo, todos conquistados em 2019. E duas vezes campeã brasileira além disso ficou com o vice-campeonato Open Company do Rio de Janeiro em 2020. Ao ser questionada sobre o que gosta de fazer além de lutar jiu-jitsu, ela respondeu que gosta de estudar, encontra-se no 9º ano do Ensino Fundamental e treina bastante, além de se aprimorar a condição física em uma academia. Gabi tem uma rotina de treinos que compreende de segunda, quarta e sexta de 20h às 22h. “Nas terças e quintas eu treino em casa mesmo, com um irmão, de 11 anos, que compete também, eu treino com ele”.

Gabi que alçar altíssimos voos. Primeiramente ela disse que quer ser campeã mundial. Além desse objetivo mais para frente conseguir abrir um projeto social para dar aulas a crianças que não tem condições de pagar uma academia. “Essas crianças de periferia mesmo”, frisou Gabi.

“No projeto mesmo onde eu treino conheço alguns alunos carentes e jiu-jitsu acabou ajudando”, relatou a garota de 15 anos que já vislumbra utilizar o esporte para resgatar crianças para a sociedade crianças em situação de fragilidade.

No tocante aos estudos em nível superior a faixa rosa do jiu-jitsu prestará vestibular para Educação Física.

Tudo Ok Notícias quis saber de Gabi o que seria interessante acontecer para melhorar o esporte no Distrito Federal. “A gente mulher deveria ter um pouco mais de visibilidade, por mais que a gente seja mulher, tem muita discriminação contra a gente.

Atualemente, o jiu-jitsu brasileiro está conseguindo lotar os tatames com as mulheres. O que está sendo muito bom. Nos campeonatos você não via mulher competindo e hoje há muita mulher competindo do que homens. Eu acho que o pessoal poderia ver mais o lado das mulheres para o esporte”, disse com propriedade Gabi.

 

Ela contou que na primeira aula de jiu-jitsu tinha muito menino. “Eu fiquei assustada porque não tinha muita menina. Então eu falei ‘caraca’ e as que já tinham eram muito grandes. Eu fiquei meio assim, mas graças a Deus depois que eu entrei, uma galera de meninas entrou e a gente foi denominando o tatame”, pontuou. Hoje ela estima que na aula há cerca de 70% de meninas e 30% de meninos.

Gabi contou que por causa da pandemia do Covid-19, Gabi está recebendo as aulas na garagem onde o professor Eduardo Ferreira mora em Ceilândia.

Até agora você ficou sem saber o que é tal instrução “escala”, do começo do texto, na língua do jiu-jitsu, é quando o lutador tem que subir a guarda, ou se colocar melhor, elevando o tronco para alcançar a gola do kimono do oponente com as mãos.

No caso o “escala” foi dica de uma amiga que assistia um dos inúmeros confrontos de Gabi e torcia pela jiteira.

É gratificante saber que uma garota mais do que determinada já pensa em montar um projeto social com esporte alicerçando vidas e no resgate de crianças que precisam disciplina e muita força de vontade para trilhar o caminho da cidadania e do sucesso sócio-econômico.

O Jiu-Jitsu brasileiro ou, lá fora, o Brazilian Jiu-Jitsu ou BJJ (grafado também como jujitsu ou jujutsu) é uma arte marcial de raiz japonesa que se utiliza essencialmente de golpes de alavancas, torções e pressões para levar um oponente ao chão e dominá-lo. Portanto, seu sinônimo literal é a “arte suave”.

Saiba mais sobre jiu-jitsu história da modalidade de luta marcial.

Foto: Luciana Alves

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