No Japão, presidente considerou que permanência de filho no Brasil é mais estratégica.
Em visita ao Japão, o presidente Jair Bolsonaro avaliou nesta terça-feira (22), noite de segunda (21) no Brasil, que é mais estratégico que seu filho Eduardo Bolsonaro (SP) abra mão de uma indicação como embaixador nos Estados Unidos e permaneça no Brasil para ajudar a pacificar o PSL.
Em rápida entrevista à imprensa, antes de sua participação na cerimônia de ascensão do novo imperador japonês, ele disse que não quer interferir na decisão do filho, deputado federal, mas ressaltou que é necessário “ver o que pode catar de caco” na disputa interna da sigla.
“Obviamente, isso o Eduardo vai ter de decidir nos próximos dias, talvez antes de eu voltar ao Brasil”, disse. “No meu entender, [o mais estratégico] é ele ficar no Brasil, até para pacificar o partido e ver o que pode catar de caco, porque teve gente que foi para o excesso. É igual um casal, chega um ponto de um problema que não tem mais retorno por parte de alguns”, disse.
Segundo ele, caso Eduardo decida permanecer no Brasil, a ideia é nomear como embaixador nos Estados Unidos o diplomata Nestor Forster, inicialmente cotado para o posto e amigo do escritor Olavo de Carvalho.
“Nós temos lá o Nestor Forster. Ele é é um bom nome. Obviamente, o Eduardo desistindo que eu mande o nome dele ao Senado, tendo em vista a importância na politica dentro do partido, o Forster é um bom nome para ser consolidado lá”, disse.
O presidente disse que defendeu, em reunião no Palácio do Planalto, o nome do deputado federal Filipe Barros (PR) para a liderança do partido, mas que foi opinião vencida. Na avaliação dele, a tendência agora é de que o embate interno arrefeça. (DP)