Zema rebate Lula: ‘Cristo perdoaria, não cobraria juros abusivos

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Foto: Gil Leonardi.

 

Zema critica Lula por comparação a Jesus Cristo em fala sobre dívidas dos estados

 

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), rebateu com veemência a declaração do presidente Lula (PT), que ao sancionar a lei de repactuação de mais de R$ 760 bilhões em dívidas dos estados com a União, sugeriu que merecia um prêmio e comparou-se a Jesus Cristo. Zema, em publicação nas redes sociais, destacou que Cristo perdoaria as dívidas, enquanto o governo federal impõe juros abusivos.

“Presidente Lula, Jesus Cristo perdoaria todas as dívidas e jamais cobraria juros abusivos de quem ajuda a construir o Brasil. Vamos honrar todas nossas obrigações, mas esperamos que os Deputados derrubem os vetos ao PROPAG para trazer justiça e previsibilidade ao Estado”, escreveu o governador.

Zema se referiu aos vetos presidenciais ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), sancionado na semana passada, que tem sido motivo de insatisfação para governadores de estados altamente endividados, como Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Esses quatro estados concentram cerca de 90% do valor total renegociado.

O governador mineiro criticou duramente o impacto financeiro dos vetos, que obrigarão Minas a repassar R$ 5 bilhões a mais em 2024 e 2026, mesmo com o recorde de arrecadação federal de R$ 2,4 trilhões. Para Zema, o governo federal usa o dinheiro dos estados para manter uma estrutura administrativa ineficiente.

“É dinheiro pra sustentar privilégios e mordomias. Enquanto os estados lutam para equilibrar contas, o Planalto mantém 39 ministérios, viagens faraônicas, gastos supérfluos no Alvorada e um cartão corporativo sem transparência. Até quando o contribuinte vai bancar essa desordem?”, disparou Zema.

A fala de Lula, que afirmou merecer um prêmio de Zema por sancionar o Propag e comparou-se a Jesus Cristo ao declarar que “o que fizemos para os estados talvez só Jesus faria”, foi o estopim para a troca de farpas. A declaração ocorreu durante a assinatura do contrato de concessão da BR-381/MG, quando Lula insinuou que a ajuda financeira deveria ser motivo de gratidão dos governadores endividados.

A tensão entre o Planalto e os estados evidencia um debate sobre federalismo e gestão fiscal, levantando questões sobre a sustentabilidade financeira e os critérios para renegociação de dívidas, enquanto críticas a privilégios federais ressoam entre gestores locais.

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