O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, defende a reversão da inelegibilidade de Jair Bolsonaro, considerando-o o nome mais competitivo à direita para as eleições presidenciais de 2026
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que, apesar de Jair Bolsonaro (PL) ser inelegível, ele é o nome mais competitivo à direita para a eleição presidencial de 2026. Em entrevista ao canal do jornalista Claudio Dantas no YouTube, Zema destacou que, segundo pesquisas, “não há nenhum nome que supere o dele com chances de ganhar da esquerda”.
Zema defendeu a reversão da inelegibilidade de Bolsonaro, condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e impedido de concorrer a cargos eletivos até 2030. “Eu espero que ele vença essa batalha”, disse o governador sobre a reversão das condenações eleitorais do ex-presidente.
Em um cenário no qual Bolsonaro siga inelegível, Zema avaliou como improvável, por “questões partidárias” e “de ego”, que o campo político à direita forme unidade em prol de um candidato. “Mas que se tente, pelo menos, que se trabalhe e que ele [Jair Bolsonaro] também venha a apoiar”, disse o governador mineiro.
Em entrevista ao jornal O Globo na semana passada, o governador afirmou que a indefinição quanto ao futuro político do ex-presidente atrasava a construção de uma alternativa à direita. “Essa indefinição sobre ele ser ou não candidato, com toda certeza acaba postergando essa decisão e o trabalho que já poderia estar acontecendo”, disse o governador.
Nesta terça-feira, Zema voltou a dizer que sua prioridade para as eleições de 2026 é a sucessão do Executivo mineiro. Em entrevista ao Estadão, o governador já havia dito que a disputa em Minas Gerais seria seu foco nas próximas eleições gerais. O nome apoiado por Zema é o do vice-governador Matheus Simões (Novo).
Ao falar de Jair Bolsonaro como o único candidato competitivo à direita, Zema concorda com o próprio ex-presidente. Em outubro de 2024, Bolsonaro afirmou que não existe direita política no País a não ser a liderada por ele, pois não há representantes nesse campo que saibam “a linguagem do povo” como ele. “Já tentaram várias vezes e não conseguiram. Esses caras juntam quantas pessoas no aeroporto num bate-papo?”, afirmou o ex-presidente.
Com informações agências de notícias