Wassef diz que Queiroz não morava na casa de Atibaia e contraria caseiro

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O advogado Frederick Wassef disse neste sábado (20) que o presidente Jair Bolsonaro e seu filho, Flávio Bolsonaro, não sabiam onde estava o ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz.

Wassef afirmou também que Fabrício Queiroz não morava na casa de Atibaia-SP. “O Queiroz não mora lá. O Queiroz estava no Rio de Janeiro. As pessoas que estavam lá dizem que ele chegou há menos de 4 dias”.

No entanto, à Polícia Civil, um dos caseiros que estava na residência afirmou que Queiroz morava no local há cerca de um ano.

Queiroz foi preso na última quinta-feira (18), em um imóvel que pertence a Wassef em Atibaia (SP).

“O senador Flávio Bolsonaro não sabia disso. O Presidente da República não sabia disso. Eles jamais tiveram ciência desde o que aconteceu agora. Jamais o Flávio ou o próprio presidente tiveram qualquer contato com o Fabrício Queiroz desde dezembro de 2018 até a presente data, e tudo isso são especulações”, afirmou à GloboNews.

Na quinta-feira, o presidente afirmou que Fabrício Queiroz não estava foragido e que a prisão dele foi “espetaculosa”.

“Não sou advogado do Queiroz e não estou envolvido nesse processo. Mas o Queiroz não estava foragido e não havia nenhum mandado de prisão contra ele. E foi feita uma prisão espetaculosa. Já deve estar no Rio de Janeiro, deve estar sendo assistido pelo advogado, e a Justiça siga seu caminho.”, afirmou Bolsonaro.

Mais cedo, em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, Wassef afirmou que nunca trocou mensagens com Queiroz, e negou que tenha abrigado o ex-assessor de Flávio Bolsonaro por 1 ano. No entanto, não explicou o que Queiroz fazia na casa onde foi encontrado.

Wassef disse também que Queiroz não é o “Anjo” citado na investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Malote

Na mesma entrevista, o advogado disse que a casa estava em obras e, nas palavras dele, plantaram um malote lá. “Estão me atribuindo coisas que não fiz”, disse. Ele não explicou a que malote se refere.

O promotor José Claudio Baglio, que fez parte da força-tarefa para cumprir o mandado de prisão de Queiroz e de busca e apreensão no imóvel, afirmou que nenhum malote foi apreendido. “Não tem nenhum malote apreendido. Tem o invólucro com o material que foi localizado na casa e que foi encaminhado para o Rio de Janeiro junto com o senhor Fabrício Queiroz no helicóptero.”

Malote emprestado

Também neste sábado (20), o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), que coordenou a operação, afirmou que a apreensão foi feita pelo Ministério Público e que o malote da Polícia Civil foi emprestado apenas para transportar os pertences.

“O promotor falou invólucro, mas é o malote, é a mesma coisa, é a mesma coisa. A Polícia Civil não participou da apreensão, nós só demos apoio à entrada na casa e à prisão do Queiroz. Invólucro e malote é a mesma coisa. Esta afirmação do Wassef está equivocada. Ele deve ter visto um malote da Polícia Civil e confundiu as coisas”, disse.

Em nota, o Ministério Público do Estado de São Paulo afirmou que a operação “transcorreu nos estritos limites da lei”, e que “não cabe ao MPSP tecer qualquer tipo de comentário acerca de declarações de investigados ou de seus defensores”.

O que dizem as investigações

Mensagens apreendidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) indicam que o ex-assessor parlamentar era monitorado por Wassef. Os investigadores acreditam que o apelido “Anjo”, que aparece nas mensagens, era como Queiroz e outros investigados se referiam ao advogado.

Após a prisão de Queiroz, um dos caseiros do imóvel disse à Polícia Civil que o ex-assessor morava na casa do advogado Frederick Wassef havia cerca de 1 ano.

Segundo informou o delegado Nico Gonçalves, dois celulares foram apreendidos pela equipe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo) durante a operação que prendeu Queiroz, além de documentos e uma quantia em dinheiro não especificada.

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