PF deflagra nova fase da Operação Venire e mira Washington Reis e Celia Serrano
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 4, a segunda fase da Operação Venire, que investiga uma associação criminosa responsável por inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos do Ministério da Saúde.
De acordo com a GloboNews, os principais alvos da operação são o ex-prefeito de Duque de Caxias e atual secretário estadual de Transporte e Mobilidade Urbana do Rio de Janeiro, Washington Reis (MDB), e a secretária municipal de Saúde de Duque de Caxias, Celia Serrano. Nesta fase, a PF cumpre mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal a pedido da Procuradoria-Geral da República, contra agentes públicos ligados ao município de Duque de Caxias (RJ). Esses agentes são suspeitos de facilitar a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas de saúde mencionados.
A ação busca também identificar novos beneficiários do esquema fraudulento. Ao todo, são cumpridos dois mandados nas cidades do Rio de Janeiro e Duque de Caxias.
Bolsonaro indiciado

Em março, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, na investigação que apura suspeita de fraude na carteira de vacinação contra a Covid-19 do ex-chefe do Executivo federal. A PF acusa Bolsonaro e Cid dos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação.
Segundo o relatório da PF, o ex-presidente “agiu com consciência e vontade” para fraudar sua carteira de vacinação, determinando que o ex-ajudante de ordens “intermediasse a inserção de dados falsos” no sistema do Ministério da Saúde em benefício próprio e de sua filha Laura. A investigação também relaciona esse fato à investigação que colocou Bolsonaro no centro de uma suposta tentativa de golpe de Estado. Além do ex-presidente e do ex-ajudante de ordens, outras 15 pessoas foram indiciadas, incluindo o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), o coronel Marcelo Costa Câmara e o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Barros. Gabriela Santiago Ribeiro Cid, mulher de Mauro Cid, também foi indiciada.