Vídeo polêmico mostra criança interagindo com homem nu em exposição

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Uma performance que ocorreu durante a abertura da 35ª Mostra Panorama da Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), gerou polêmica na internet. Vídeos que mostram uma criança tocando um homem nu, com o pênis a mostra, durante o evento, passaram a circular nas redes sociais na noite de quinta-feira (28). A performance foi apresentada pelo coreógrafo Wagner Schwartz.

Nas redes sociais, internautas criticaram a exposição, comentando que ela seria “sem noção” e que a interação da criança com o coreógrafo foi “um absurdo”.

A performance, de nome La Bête, é inspirada em esculturas da série Bichos, de Lygia Clark. Sobre tal, o museu descreve em seu próprio site que o coreografo “torna-se um Bicho de Lygia Clark e pode ser manipulado pelo público”. O MAM se pronunciou sobre a polêmica ainda na noite de quinta-feira, por meio de um post na página do Facebook do museu.

Em nota, o museu explica que tem o costume de sinalizar as exposições e performances com tema “sensível à restrição de público”, além de informar que a apresentação do coreografo não tinha teor erótico. O MAM ressalta ainda que a menina estava acompanhada da mãe durante a exposição.

https://youtu.be/VEII9PMPULw

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Museu Arte de Moderna de São Paulo informa que a performance ‘La Bête’, que está sendo questionada em páginas no Facebook, foi realizada na abertura da Mostra Panorama da Arte Brasileira, em apresentação única.

A sala estava devidamente sinalizada sobre o teor da apresentação, incluindo a nudez artística, seguindo o procedimento regularmente adotado pela instituição de informar os visitantes quanto a temas sensíveis.

O trabalho apresentado na ocasião não tem conteúdo erótico e trata-se de uma leitura interpretativa da obra Bicho, de Lygia Clark, historicamente reconhecida pelas suas proposições artísticas interativas.

Importante ressaltar que o material apresentado nas plataformas digitais não apresenta este contexto e não informa que a criança que aparece no vídeo estava acompanhada e supervisionada por sua mãe. As referências à inadequação da situação são resultado de desinformação, deturpação do contexto e do significado da obra.

O MAM reafirma que dedica especial atenção à orientação do público quanto ao teor de suas iniciativas, apontando com clareza eventuais temas sensíveis em exposição.

O Museu lamenta as interpretações açodadas e manifestações de ódio e de intimidação à liberdade de expressão que rapidamente se espalharam pelas redes sociais.

A instituição acredita no diálogo e no debate plural como modo de convivência no ambiente democrático, desde que pautados pela racionalidade e a correta compreensão dos fatos.

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