Vídeo: ‘Previdência não prejudica os pobres’, diz Temer

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Por Josiel Ferreira

Continuando seu esforço para aprovar a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer (PMDB) afirmou, em entrevista gravada e exibida pelo Programa Silvio Santos, no SBT, que a mudança nas aposentadorias “não prejudica os mais pobres”. “Só quem ganha 15, 30, 40.000 reais que vai ter alguma consequência”, disse o presidente, que enfatizou o período de adaptação, que só deve estabelecer a idade mínima de 65 anos daqui a duas décadas.

Ao longo de cerca de vinte minutos de participação de Temer, Silvio Santos e o peemedebista se alternaram em defesas enfáticas da Reforma. O dono do SBT ressaltou a argumentação do governo de que, se a proposta apresentada à Câmara não for aprovada, “em dois ou três anos” o governo poderá não conseguir mais arcar com a folha de pagamento.

Para Miriam Cristina Stein do Portal dos Aposentados, o governo federal está tentando acelerar a aprovação da reforma da Previdência a qualquer custo. E para isso está abrindo mão de uma série de pontos do texto original para conseguir o apoio político necessário. Mesmo desidratada, a reforma será prejudicial ao trabalhador brasileiro que contribui com o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), essa é a visão de Miriam.

“Ao estabelecer uma idade mínima, o governo acabará com a aposentadoria por tempo de contribuição. Assim, será extinta uma conquista, um direito dos trabalhadores e segurados do INSS. Ela deixará de existir, pois os trabalhadores terão que contribuir, obrigatoriamente, até os 65 anos, no caso dos homens, e 62 anos, no caso das mulheres”, afirma Stein.

A intenção de Temer é obrigar o cidadão a gastar R$ 500,00 com a Previdência Privada. Com o fim da aposentadoria por tempo de contribuição muitos trabalhadores, principalmente das camadas mais pobres da população, vão contribuir por décadas sem receber nada em contrapartida. “Entre a população da periferia ou de área rural, a expectativa de vida não chega a 55 ou 60 anos. Já em bairros nobres de grandes cidades a expectativa de vida é de 80 anos. Ou seja, o governo deixará os mais necessitados desamparados com essa reforma e a imposição de uma idade mínima elevada. Muitos, os que mais precisam, não conseguirão se aposentar caso esta reforma seja aprovada nestes moldes. As pessoas que começam a trabalhar mais cedo, as mais humildes, provavelmente não desfrutarão da aposentaria”, avalia.

A CPI instaurada pelo senador Paulo Paim (PT/RS) foi conclusiva em confirmar a inexistência do déficit no caixa da Previdência Social. Mas o governo Temer insiste em fazer a Reforma da Previdência, para obter recursos financeiros e fazer o pagamento dos juros da dívida pública, bem como ampliar a participação dos bancos na fatia do mercado de Previdência Privada.

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