Vídeo: Jabuticaba do Lula contra a tarifa

Lula brinca com jabuticaba em vídeo e tenta amenizar tensão com Trump

Em meio à crescente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu ao bom humor para tentar desarmar o clima. Em vídeo divulgado neste domingo (13) pela primeira-dama Janja da Silva, Lula aparece saboreando uma jabuticaba e diz que pretende presentear o presidente norte-americano, Donald Trump, com a fruta típica brasileira.

“Eu vim chupar uma jabuticaba de manhã, porque eu duvido que alguém que chupe jabuticaba fique com mau humor. Eu vou levar jabuticaba para você, Trump, e você vai perceber que o cara que come jabuticaba de manhã, num país em que só ele dá jabuticaba, não precisa de briga tarifária. Precisa de muita união e de muita relação diplomática. É isso”, afirmou o presidente no vídeo.

A publicação da primeira-dama foi acompanhada da legenda: “Duas coisas genuinamente brasileiras: jabuticaba e presidente Lula”. A tentativa de aliviar o tom acontece dias após Trump anunciar uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros, medida que deve entrar em vigor a partir de 1º de agosto.

Na última sexta-feira (11), Lula já havia reagido publicamente à decisão do ex-presidente americano. Ele afirmou que poderá acionar a Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada pelo Congresso em abril, para impor tarifas equivalentes a produtos norte-americanos. O presidente também disse que estuda recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar as medidas unilaterais de Trump.

Lula ainda criticou o argumento apresentado por Trump sobre um suposto déficit comercial dos Estados Unidos na relação com o Brasil, classificando a alegação como “equivocada” e “mal-informada”.

A crise tarifária entre os dois países se intensificou após declarações de Trump, que também atacou o Supremo Tribunal Federal brasileiro e insinuou ingerência política nas eleições de 2022. O governo brasileiro tenta agora equilibrar o tom entre a firmeza institucional e gestos diplomáticos para evitar prejuízos econômicos e preservar as relações bilaterais.