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O presidente Jair Bolsonaro se filiou ao PL nesta manhã de terça (30) no Centro Cultural do Edifício Brasil 21, em Brasília, já buscando alianças para composição de candidaturas estratégicas para Eleições 2022. Veja vídeo abaixo
Também foram filiados na mesma cerimônia, o ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho e o senador Flávio Bolsonaro (PL).
A ministra-Chefe Ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Flávia Arruda, em rápido discurso deu as boas vindas ao presidente da República, como presidente regional do PL.
“Presidente, como todos já falaram aqui seja bem-vindo ao PL e como presidente do PL-DF, seu povo te aguarda do lado de fora.” Onde havia um trio elétrico com palanque preparado onde pelo menos 500 pessoas ouviram o presidente.
Jair Bolsonaro, logo após assinar a filiação ao PL, antes de sair do auditório, discursou, primeiramente, cauteloso. A ideia é compor alianças com outros partidos e que o evento não servia para “lançar ninguém a cargo nenhum”.
Além disso, ele deixou claro que encontrava “se sentindo em casa” no novo partido, apesar de declarar que a escolha “não foi fácil”. Trata-se do nono partido em sua vida política. Eu vim do PP. Filiação é como casamento. Seremos uma família. Vocês todos fazem parte dessa famílias”, emendou. “Não podemos agradar a todos mas fazemos o possível. Poucas pessoas pensavam que a gente pudesse chegar tão longe.”
De olho nas composições em 2022
Entre os pré-candidatos em potencial ele citou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, se referindo a ele como “uma esperança enorme para nosso querido estado de São Paulo”. Além de Rogério Marinho e Fábio Faria como nomes das eleições no Rio Grande do Norte.
Bolsonaro também esclareceu que não será ele e Costa Neto que “vão decidir certas coisas sozinhos”.
“Em grande parte, a nossa visão passa por vocês. Queremos compor e, com essa composição, fazer o melhor para o Brasil”, complementou o presidente.
“É motivo de orgulho e satisfação estar aqui, e nenhum partido será esquecido por nós. Não temos a virtude de ser o único centro. Queremos compor nos estados, queremos compor para senador e governador. Queremos é cada vez mais termos menos diferenças entre nós”, prometeu Bolsonaro.
Bolsonaro reconheceu que “o Parlamento tem jogado junto com o Poder Executivo” ao mencionar projetos pensados para Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e a sabatina do ex-ministro da Justiça, André Mendonça, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, que ocorrerá nesta quarta 1º.
Esperança na aprovação de Mendonça
“Amanhã está prevista a sabatina do André Mendonça. Espero que seja aprovado o nome dele. Eu não indico para o Supremo, indico para o Senado. Sabemos que existe um embate ideológico. mas o André conversou com todos os senadores, deu sua impressão, disse o que pretende fazer”, disse Bolsonaro.
O evento contou com dirigentes dos diretórios nacionais do PL, assim como ministros de Estado, aliados políticos, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e os filhos do presidente.
Flávio bate em Lula e Moro
Após a assinatura de filiação ao PL, o filho de Bolsonaro agradeceu a Costa Neto por abrir as portas do PL, um passo fundamental. “Gostaríamos de ter dado há mais tempo, mas feito com calma, com paciência, conversando com todos os aliados, um passo fundamental que dá muita força, musculatura, seriedade, profissionalismo para uma possível campanha no ano que vem”, ressaltou Flávio.
Flávio destacou que estavam presentes 11 senadores e uma infinidade de deputados federais que prestigiaram a filiação. Ele convidou a todos os que não estão no PL para ingressar na legenda. “Eu quero agradecer a cada um dos senhores que acreditaram e continuam acreditando no presidente Bolsonaro.”
Traidor sem citar Moro
Ele citou que antes de entrar na política, agora com 20 anos de mandato ouviu um ditado. “A política pode até perdoar a traição, mas não perdoa o traidor”, se referindo ao ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (Podemos).
“O traidor é aquele que humilha uma mulher, expõe a mesma pessoa, pensando no poder, que o convidou para ser o seu padrinho de casamento. Traidor é aquele que por ação ou omissão interfere no Polícia Federal, no governo conservador, havia uma orientação superior para que dificultasse a divisão para as pessoas exercerem o direito à legítima defesa”, declarou o filho do presidente.
Aborto
Flávio afirmou que o presidente foi eleito com a bandeira de direito à vida. Segundo o parlamentar traidor é aquele que tenta colocar no governo pessoas que defendam o aborto e não respeita o eleitor, que escolheu as bandeiras vitoriosas da eleição de 2018. “Mais grave ainda, traidor é aquele não tomou as devidas providências para descobrir quem mandou matar o Bolsonaro. Esse humilhado que está sendo erguido e capacitado por Deus está aqui na frente, Jair Messias Bolsonaro”, disse.
O parlamentar recém-filiado do PL, enfatizou que Bolsonaro foi a pessoa que venceu o PT após quatro derrotas consecutivas do PSDB em eleições presidenciais. “A pessoa, que segundo os institutos de pesquisa perdia para todos no segundo turno, mas venceu no PSL, com sete segundos de diferença sem dinheiro e ajudou a fazer uma base de 52 deputados federais e quatro senadores.”
E Flávio continuou: “E ainda querem nos fazer crer que um ex-presidiário, preso por roubar o povo brasileiro está na frente de Bolsonaro nas pesquisas, mesmo com o excepcional trabalho que o governo federal vem fazendo durante esses três primeiros anos.”
Ele citou outro ditado: “A farsa tá aí, cai quem quer, pergunte para o povo, o homem taí, vai quem quer.” Flávio disse que o governo que já gerou mais de três milhões de vagas de emprego em plena pandemia do Covid-19. E 11.700 milhões de demissões foram evitadas. “Dilma em 2015, 2016 promoveu a demissão de 3 milhões de trabalhadores.”
Elogio da OMS
A Organização Mundial da Saúde elogiou o programa nacional de vacinação do Brasil “pela forma como o governo conduziu a pandemia, todas as vacinas, sem exceção, aplicadas em todos os brasileiros foi por causa do governo Bolsonaro, todas”. E que não faltou nenhuma vacina para um brasileiro.
Flávio acrescentou que se o país está com 60% da população completamente vacinada e mais de 80% da população com primeira dose devemos ao governo do presidente Bolsonaro.
O filho do presidente destacou que o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foi fundamental para evitar o fechamento de pequenas e média empresas.
“Presidente, eu tenho certeza de que apesar da inflação que atinge todo o mundo, encarecendo o preços dos combustíveis, o preço da comida na nossa mesa nós vamos fazer o possível e o impossível para derrubar a inflação, fazendo o que estiver ao alcance do governo federal para derrubar o preço dos combustíveis e ser mais uma vez reconhecidos internacionalmente como exemplo de pais que combateu a pandemia e venceu a pandemia.
Flávio também realçaou que o presidente está levando água para o povo nordestino, fortalecendo o agronegócio, hoje a mola propulsora da nossa economia como nunca antes foi feito na história desse país.
Juntos vamos vencer o vírus, qualquer traidor, qualquer ladrão de nove dedos pelo bem do nosso Brasil”, concluiu em tom de campanha eleitoral, Flávio Bolsonaro.
Acordo fechado
O namoro foi longo, após tentativas de relacionamento com o PP, houve um acordo bem ajustado com o PL. As diferenças em relação à São Paulo em termos de expansão bolsonarista na capital do estado, com colocação de um dos filhos do presidente em cargo chave, tiveram as arestas aparadas.
O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, iniciou seu pronunciamento citando alguns dos feitos relevantes do governo Bolsonaro, frisando o agronegócio que bate recorde histórico. Os prefeitos em sua maioria receberam recursos, “bilhões de reais para micro e pequenas empresas para que pudessem investir e gerar empregos e renda”.
E os recursos não vão parar de chegar a quem precisa. Como entusiasmo, Costa Neto disse que “Até 2022, só na infraestrutura teremos R$ 1 trilhão de investimentos contratados”, seguido de aplausos.
“Presidente, seja bem-vindo ao 22 (PL) ao Partido liberal”, concluiu o presidente nacional da legenda.
