O comércio varejista do Distrito Federal registrou alta de 2,1% no volume de vendas em março, na comparação com o mês anterior, com ajuste sazonal. O desempenho posiciona o DF entre os três melhores resultados do país, atrás apenas da Paraíba (3,0%) e de Goiás (2,4%), e empatado com o Piauí (2,1%). Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta semana pelo IBGE.
Na comparação com março de 2024, o avanço foi de 0,7%. No acumulado do ano (janeiro a março), o comércio distrital cresceu 3,7%, e nos últimos 12 meses, a expansão é de 4,4%. Em todos os recortes, os índices do DF superam a média nacional, que foi de 0,8% em março frente a fevereiro; apresentou queda de -1,0% ante março de 2024; alta de 1,2% no acumulado do ano e de 3,1% no acumulado em 12 meses.
Considerando o comércio varejista ampliado — que inclui veículos, motos, autopeças, materiais de construção e o atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo — a expansão no DF foi ainda mais robusta: 3,2% em relação a fevereiro e 3,6% frente a março do ano passado.
Setores em destaque
Das oito atividades pesquisadas, cinco apresentaram crescimento em relação a março de 2024. O destaque foi para o segmento de móveis e eletrodomésticos, com alta de 9,5%, acumulando quatro meses consecutivos de crescimento. Também cresceram:
• Artigos farmacêuticos e de perfumaria: +5,6%
• Livros, jornais e papelaria: +3,5%
• Vestuário e calçados: +2,5%
• Combustíveis e lubrificantes: +1,0%
Três setores registraram queda:
• Equipamentos de informática e comunicação: -26,8%
• Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -6,4%
• Supermercados e produtos alimentícios: -0,7%
Análise do cenário
Para o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, o desempenho do varejo em 2024 confirma a força do setor no pós-pandemia. “É fato que o varejo do Distrito Federal registrou em 2024 o melhor resultado desde a pandemia e da crise de 2016/2018, ao crescer 5,8%, superando os 4,7% da média nacional”, destacou.
Apesar disso, Freire aponta sinais de desaceleração no início de 2025, causados pelo recrudescimento da inflação, juros elevados e o esforço das famílias para reduzir a inadimplência e controlar o endividamento. “Ainda assim, o nível de emprego e renda sustenta o varejo local acima da média nacional. Com base nos indicadores, estimamos um crescimento de até 4% no comércio distrital ao longo de 2025”, concluiu.