UMA QUASE-INTERVENÇÃO

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O Rio de Janeiro precisa, há tempos, de uma intervenção federal. Quando o estado foi arruinado pelas máfias no poder e a União foi obrigada a salvá-lo da falência total, já se fazia presente a necessidade de uma medida mais drástica.

Como no Brasil a fechadura da porta só é arrumada depois que o ladrão furta a casa, vem o Governo Federal com uma quase-intervenção, pontual, na área de Segurança Pública.

Uma intervenção para valer deveria afastar o governador Pezão, um mandatário com nome de vilão de gibis. Ele e seu grupo foram responsáveis pela quebradeira do Rio, iniciada nos tempos de Sérgio Cabral.

Torço para que a missão das Forças Armadas dê certo, embora não tenha ilusões com soluções milagrosas sem a colaboração verdadeira da sociedade. Enquanto houver consumo de drogas, alguém estará suprindo essa demanda.

A sociedade carioca faz passeatas pela paz, mas a impressão é de que, em essência, os pedidos são para que a polícia pare de enfrentar os traficantes de drogas. A julgar pelas declarações de que há extermínio de jovens negros, o responsável pelas matanças seria o sistema de segurança pública, de acordo com os ideólogos da tese do bom bandido.

Sugiro ao comandante militar da intervenção que faça um cerco às favelas onde se homiziam os traficantes com as drogas e as armas, identificando quem entra e sai, quem é morador ou não da localidade, revistando quem retornou da viagem ao interior da comunidade. Muita gente vai desistir de adquirir a droga na fonte.

O Exército Brasileiro já enfrentou guerras regulares e irregulares, inclusive a guerrilha. Sabe como montar o cerco, ganhar e ocupar terreno e acabar com a festa dos traficantes. É só querer. O diabo é o governador que ainda manda no Rio. Talvez seja impossível combater quem governa.

Miguel Lucena é Delegado de Polícia Civil do DF, jornalista e escritor.

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