Sem poder trabalhar por causa da quarentena em São Paulo, a cabeleireira Andreia, aproveitou a noite do sábado, 13, para circular pela cidade.
“É você estar mais presa, se sentir presa dentro da sua casa própria casa. É ruim, péssimo, desesperador”, opinou.
Quando o relógio marcou 20h em São Paulo, qualquer cidadão que estava nas ruas poderia ser abordado ou questionado para onde está indo.
A orientação será o retorno para a casa até as 5h, quando se encerra o toque de recolher. A partir desta segunda-feira, 15, quem estiver circulando em qualquer cidade do Estado no horário de restrição deverá apresentar motivo de urgência, como saúde e trabalho.
A Polícia Militar vai ajudar na fiscalização. Multas só serão aplicadas em caso de reincidência.
Além disso, praias e parques ficarão fechados. Atividades esportivas, como os jogos do Campeonato Paulista, assim como cerimônias religiosas estão proibidas.
Nos bares e restaurantes, só será liberado o atendimento drive-thru e o delivery. Lojas de construção também não podem abrir. Serviços essenciais continuam liberados, mas com horários de trabalho escalonados.
Para o professor Fernando as medidas são necessárias para conter o avanço do coronavírus.
“Acho que é uma questão da gente se adaptar mesmo, porque nesse momento é necessário para que a gente possa colher fruto daqui a duas semanas e ver como vamos entrar nesse novo momento.”
Neste final de semana, o governo de São Paulo intensificou a fiscalização contra eventos clandestinos.
No sábado, uma festa com quase 600 jovens foi interrompida na Zona Sul da capital. A cena impressionou até o delegado Eduardo Botero.
“Foi alguma coisa que a gente nunca imaginava. Eram centenas e centenas de pessoas sem nenhuma janela sequer, portas fechadas, em uma verdadeira Sodoma e Gomorra dos dias de hoje”, disse. Na madrugada de domingo, 14, a polícia e a Vigilância Sanitária encontraram 150 pessoas em um cassino irregular, em uma área nobre da capital.
Entre os frequentadores flagrados consumindo bebida alcoólica e descumprindo o distanciamento social, estavam o atacante Gabigol, do Flamengo e o cantor Mc Gui. Mais de 100 estabelecimentos já foram autuados pelo Procon, com multas podem chegar a R$ 10 milhões.