Por Miguel Lucena
Tenho a impressão de que, desde que se arrebentaram na pandemia, os EUA resolveram apelar para a velha tática de provocar o caos mundial. A ordem internacional, que já vinha pendendo para o lado da China, da Rússia e dos Brics, começou a incomodar quem sempre mandou no jogo.
E quando o império se vê ameaçado, o tabuleiro é virado. Israel, nesse contexto, é apenas uma ponta de lança — um fiador dos interesses americanos no Oriente Médio.
A escalada de tensões, as guerras regionais, os embargos, tudo faz parte da engenharia do caos. Quando tudo estiver em ruínas, bolsas despencando, economias quebrando, aí surgirá o discurso da paz, da reconstrução e, claro, do reequilíbrio…
Mas sempre nivelado para baixo, onde todos, exceto eles, começam do zero. A história já ensinou, mas poucos aprendem: quem lucra com a guerra nunca está no campo de batalha.