Turismo é a saída do Brasil; terceiro mês com mais empregos

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“Em relação a outubro de 2017, as atividades típicas do turismo criaram 2.440 empregos, sinal de que o mercado tem se restabelecido no ritmo atual do crescimento da economia”, informa economista-chefe da CNC, Fabio Bentes. 

Só não enxerga quem não quer. O setor de turismo é gerador de emprego e saída para economia do Brasil, desde que tenha mão-de-obra capacitada e vontade política dos governos de todas as esferas interconectados. O impacto seria muito rápido na economia. A ideia é compartilhada por todos os técnicos e especialistas em turismo.

Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que no mês de outubro de 2018 fechou com saldo positivo de 6.452 postos de trabalho.

As informações divulgadas nesta sexta-feira (7) são baseadas no estudo Empregabilidade no Turismo, produzido pela CNC e consubstanciado por dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No qual foi observado o terceiro aumento consecutivo de vagas preenchidas. O saldo do ano até outubro, no entanto, aponta um crescimento de apenas 647 vagas – resultado impactado pela greve dos caminhoneiros, quando as empresas tiveram que realizar ajustes, fechando 24.267 postos de trabalho entre maio e julho deste ano.

“Em relação a outubro de 2017, as atividades típicas do turismo criaram 2.440 empregos, sinal de que o mercado tem se restabelecido no ritmo atual do crescimento da economia”, avalia o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes. Em 12 meses terminados em outubro de 2018, o emprego no turismo apontou recuperação das atividades (+2.162 vagas), enquanto ano passado, no mesmo período, o saldo foi negativo de -16.781 postos, em virtude da dimensão da crise econômica.

Segmentos

No mês de outubro, a criação de vagas formais foi 60,8% maior do que no mesmo período do ano passado. Os segmentos que mais geraram empregos foram hotéis e similares (+1.177) e restaurantes e similares (+5.062). O emprego no transporte aéreo (+266) e nas locadoras de veículos (+519) também sugeriu o aumento da demanda nestes segmentos. Em contrapartida, as empresas de transporte rodoviário de passageiros foram as que mais cortaram postos de trabalho (-599).

Sudeste e Sul na frente

Regionalmente, Sudeste (+3.619) e Sul (+2.112) destacaram-se no mês de outubro, criando 88,8% das vagas abertas nas atividades características do turismo. Nesse aspecto, São Paulo (+2.996) e Santa Catarina (+1.188) revelaram os maiores saldos.

O estado do Rio de Janeiro conseguiu criar +586 empregos, segunda variação positiva consecutiva no ano. Em setembro, o estado também gerou poucas vagas (+218). No acumulado do ano de 2018, no entanto, a economia fluminense mais destruiu empregos do que criou, com um saldo negativo de -9.899 vagas, e, em 12 meses com menos 11.452 vagas, é o estado que apresenta a pior empregabilidade.

Preços estabilizados

A CNC destaca que a estabilidade dos preços tem favorecido o consumo de serviços, em particular alguns do turismo. A inflação em 12 meses até outubro acumulou 4,56%. Excetuando ônibus interestadual de passageiros (+5,88%) e transporte hidroviário (+9,83%), alguns dos principais itens ofertados para o turista apresentaram variações abaixo da média do IPCA, tais como: alimentação fora do domicílio (+3,31%), ônibus intermunicipal (+3,13%), táxi (+2,13%), aluguel de veículos (+1,88%) e excursão (+1,68%). Observam-se a variação negativa das passagens aéreas (-3,22%) e a leve queda dos preços das hospedagens em hotel (-0,07%). Com informações da CNC.

A cada novo ocupante da cadeira de presidente da República renovam-se as esperanças de que o setor será turbinado. Como a indústria do turismo engloba diversos segmentos interligados com ofertas de emprego, o efeito bola de neve poderá alavancar substancialmente o crescimento da economia com geração de emprego gradativa, porém firme.

A expectativa de todos os envolvidos com setor é que o futuro Governo Bolsonaro olhe com maior acuidade para o forte setor turístico como um todo, não apenas parte dele. E que tenha a percepção do que realmente poderá melhorar e muito desde as economias das prefeituras de cidades turísticas de pequeno porte até os grandes polos turísticos mais renomados do Brasil. Isso independente de ter ministério exclusivo do turismo.

 

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