Por Carlos Arouck
Em apenas duas semanas de conflito tarifário, a China enfrentou um colapso econômico sem precedentes. Gigantes empresariais chinesas perderam 20% de seu valor de mercado, o yuan despencou ao menor nível em 18 anos e demissões em massa atingiram indústria e comércio. Para conter a fuga de capitais e estabilizar os mercados, o governo chinês queimou quase US$ 1 trilhão em reservas cambiais. A ameaça de uma crise obrigou Pequim a recuar.
Enquanto isso, os Estados Unidos consolidaram sua posição. Com acordos de livre comércio em negociação com 75 países, Washington articula um bloco econômico que isola a China. O dólar disparou, reforçando sua força como moeda global, e as bolsas americanas valorizaram empresas domésticas. Politicamente, Donald Trump saiu fortalecido, consolidando a liderança dos EUA como potência econômica e geopolítica.
O cenário global mudou. O BRICS perdeu relevância, o globalismo entrou em colapso e as fragilidades da União Europeia ficaram expostas. Na América do Sul, a Argentina ganhou protagonismo, enquanto países desalinhados com os EUA passaram a enfrentar risco de retaliações. O Brasil do Governo Lula está sendo conduzido rumo ao isolamento e à instabilidade. Em vez de fortalecer laços e garantir segurança econômica, Lula escolhe confrontos e discursos que fragilizam a posição do país no mundo. Nessa nova ordem global, onde cada passo conta, o presidente opta rumo a um turbilhão — e a direção é perigosa.
A notícia mais recente amplia esse quadro: a deflação registrada nos EUA em março de 2025 — com o índice de preços ao consumidor (CPI) caindo 0,1%, contrariando projeções de alta — sinaliza um alívio nas pressões inflacionárias. É a primeira deflação mensal desde junho de 2024. Com o mercado de trabalho ainda forte e incertezas em torno das políticas tarifárias de Trump, aumentam as expectativas de que o Federal Reserve inicie cortes nas taxas de juros.
O mais impressionante? Tudo isso aconteceu sem um único tiro disparado.