Decisão unânime afasta parlamentar do cargo e gera polêmica sobre sua inelegibilidade
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou, por unanimidade, o mandato do deputado federal Deltan Dallagnol (Pode-PR). A decisão, que ocorreu na noite desta terça-feira (16), determina o afastamento imediato do parlamentar do cargo, embora ainda seja passível de recurso.
O relator do processo, ministro Benedito Gonçalves, argumentou que Dallagnol solicitou sua exoneração do cargo de procurador para evitar possíveis punições administrativas, o que o colocaria na condição de ficha suja e, consequentemente, o tornaria inelegível.
O processo teve origem a partir de um pedido de cassação da candidatura de Deltan, apresentado pela federação composta pelos partidos PT, PCdoB e PV. Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato, foi o deputado federal mais bem votado do Paraná, recebendo um total de 344.917 votos, o equivalente a 5,63% do total. Na decisão, o TSE determinou que os votos sejam destinados ao partido de Deltan.
Dallagnol emitiu uma nota em que expressou sua discordância em relação à decisão, alegando que foi tomada em desacordo com a lei e a Justiça.
NOTA SOBRE O JULGAMENTO DO TSE
344.917 mil vozes paranaenses e de milhões de brasileiros foram caladas nesta noite com uma única canetada, ao arrepio da lei e da Justiça. Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes que está em curso no Brasil contra os agentes da lei que ousaram combater a corrupção. Mas nenhum obstáculo vai me impedir de continuar a lutar pelo meu propósito de vida de servir a Deus e ao povo brasileiro.
Deltan Dallagnol