Torres afirmou que o fechamento da Esplanada dos Ministérios foi preventivo após “subir a temperatura”

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Após manifestações radicais deste sábado (13), com invasão do Congresso Nacional, recrudescidas depois de o acampamento dos 300 pelo Brasil ser desmontado pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, determinou, por meio de decreto, o fechamento neste domingo (14) da Esplanada dos Ministérios.

Houve registro de ameaças ao próprio chefe do executivo do DF. O objetivo é evitar aglomerações e atos de confrontos entre manifestantes. A Esplanada foi fechada desde a zero hora deste domingo e assim permanecerá até as 23h59.

Neste sábado, à noite, manifestantes pró-Bolsonaro utilizaram fogos de artifícios na direção direção do Congresso Nacional e proferiram ofensas a autoridades e instituições, entre elas o Supremo Tribunal Federal e até mesmo ao governador Ibaneis Rocha. Faixas inconstitucionais como o fechamento do STF ainda são deflagradas na manhã deste domingo por grupos pró-governo Bolsonaro.

O governador Ibaneis Rocha informou à CNN Brasil, que o decreto não impacta na relação dele com o presidente Bolsonaro.

O secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, afirmou, em entrevista na manhã de hoje, que é inadmissível os fatos ocorridos neste sábado (14).

Segundo ele, no momento que não há o controle total da situação, o governador resolveu suspender o trânsito de pessoas e veículos para a administração de manifestações deste domingo de uma forma mais tranquila. “E ao longo da semana poder pensar como se darão as manifestações dos próximos dias”, ressaltou.

Torres afirmou que há um controle rigoroso, na questão da pandemia da Covid-19, e as manifestações dos últimos dias têm preocupado.

De acordo com Torres, a PMDF tem comparecido, juntamente com o Corpo de Bombeiros exigindo o uso de máscaras. O secretário justificou que ontem que aumentou a temperatura. Surgiram série de ameaças às instituições e à própria figura do governador Ibaneis Rocha. Esses foram os principais motivos da medida.

“As ameaças são de ontem, pegou todo mundo de surpresa. Precisamos garantir a ordem na Esplanada, a integridade das instituições, dos prédios públicos daqui, e resolvemos fechar”, explicou.

Ele contou que na semana passada ocorreram atos pró e contra o governo federal, sendo “supertranquilo, tivemos duas ocorrências apenas e que não disseram respeito à manifestação, nada de violência”.

“O trabalho aqui é exatamente esse, o governador nos orienta para que garanta a tranquilidade nas manifestações”, disse.

Torres informou que para que as manifestações sejam autorizadas, é preciso que os interessados façam a solicitação à secretaria com três dias de antecedência. A autorização somente acontece a partir desse primeiro passo.

Apoiadores de Bolsonaro

Apoiadores de Bolsonaro, no momento se reúnem em frente ao Quartel General (QG) do Exército  do Exército e nos arredores da Rodoviária, no Centro de Brasília. E, como já é uma tradição, pelo menos 20 apoiadores do presidente estão à espera da presença dele na portaria do Palácio da Alvorada. Além disso, há concentração de apoiadores de Bolsonaro próximo às residências do presidente da Câmara, Rodrigo Maia e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

Vale lembrar que em frente do QG do Exército Bolsonaro participou de uma manifestação em cima de uma caminhonete, onde haviam faixas antidemocráticas, entre elas, pedindo a intervenção militar e ofensivas ao Supremo Tribunal Federal.

Em resumo, a ordem é não permitir aglomerações sem uso de máscaras em discordância com as determinações para a segurança da saúde em meio à pandemia da Covid-19. Bem como a segurança dos próprios integrantes das manifestações que não praticam atos violentos e democraticamente se expressam.

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