Por Maurício Nogueira
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) e seu grupo de apoio, incluindo parlamentares petistas, judicializaram, à meia noite deste sábado (2), a eleição para a Presidência do Senado, apelando para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Antonio Dias Toffoli, que determinou o voto secreto no pleito.
Toffoli se baseou no regimento do Senado, citando o artigo 60, que traz voto secreto para eleição de presidente do Senado. “Declaro a nulidade do processo de votação da questão de ordem submetida ao plenário pelo senador da República Davi Alcolumbre, a respeito da forma de votação para os cargos da Mesa Diretora. Comunique-se, com a urgência por meio expedito, o senador da República José Maranhão, que, conforme anunciado publicamente, presidirá os trabalhos na sessão marcada para amanhã (sábado)”, aliviou Toffoli para Renan Calheiros.
A luta em plenário ao ser derrotado pela votação que decidiu o voto aberto, com grande vantagem, desencadeou uma reação sem precedentes pelos aliados do emedebista. Renan sabia que com o voto aberto as chances de vencer a eleição diminuiriam consideravelmente. Daí, o desespero no semblante do parlamentar foi indisfarçável na noite de sexta-feira (1).
Agora, Renan contará com os parlamentares que dizem ser favoráveis ao voto aberto de público, mas que, na realidade, preferem manter a hegemonia do comando do alagoano pela quinta vez no comando do Senado.
Por 50 votos a dois, o plenário decidiu que a votação seria aberta na noite de sexta-feira (1). Resta saber se essa mesma quantidade de senadores não votará em Renan, pelo menos. A sessão que definirá o comando do Senado será logo mais, às 11 horas.
Renan Calheiros irado com decisão do voto aberto