Terrorista peidão

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Foto: Ilustração

 

Por Miguel Lucena

 

Com o apoio do FBI, drones espiões e um grupo tático de elite da Polícia Federal, foi finalmente localizado um “terrorista” no pacato município de Pocinhos, na Paraíba — cidade com mais bode que gente e com ruas que, se não sobem, descem.

Cláudio Cabecinha, jornalista bairrista e cronista de botequim, comentou com seu sotaque carregado:
— Se fosse em Campina Grande, ia ser mais difícil. Mas em Pocinhos a gente vê quem entra e quem sai… até quem caga fora do horário.

Na casa do suspeito, que se revelou mais fofoqueiro do que fanático, encontraram um arsenal rural: um silo com feijão de corda estocado até o teto, dez mantas de carne de jabá e três litros de manteiga da terra fermentada. Nada de dinamite, nem pólvora — apenas cheiro de fartura e flatulência.

O cabo Aristides, veterano das guerras contra contrabando de queijo coalho, coçou o bigode e lançou a sentença:
— Isso aí é bomba biológica, coronel. Se ele solta um peido com esse cardápio, desativa até satélite!

Diante da evidência do terrorismo gasoso, o delegado ponderou conceder perdão: o homem não queria explodir nada além do próprio bucho. E ficou assim: o “terrorista peidão” virou lenda local e ganhou até música em forró — “O Peido do Jabazeiro”, sucesso nas rádios comunitárias de todo o Cariri.

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