Força-tarefa investiga pagamento de propina na instituiçao, cortando na própria carne. Servidores empresários e advogados são alvos.
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) iniciaram nesta quinta-feira a Operação Tergiversação 2, contra uma suspeita de corrupção dentro da própria PF.
A 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro expediu dois mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão.
Os procurados não tinham sido identificados até a última atualização desta reportagem.
Blindagem e propina
A primeira etapa, em junho do ano passado, prendeu um delegado da ativa da PF, um escrivão da PF e um advogado.
A força-tarefa afirmou à época que o esquema excluía, mediante propina, os nomes de empresários e de suas companhias das investigações em curso em um núcleo da Polícia Federal. Seis pessoas foram denunciadas pelo MPF pelos crimes de corrupção ativa e passiva.
A segunda fase da Tergiversação mira outros empresários suspeitos de pagar propina para policiais em troca da proteção. Advogados apontados como intermediários das cobranças de vantagens indevidas também são alvos da força-tarefa.
Os suspeitos são investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, organização criminosa e obstrução à justiça.
Equipes estiveram em um prédio em Copacabana e no Via Parque Shopping, na Barra da Tijuca — de onde saíram com documentos.