Tempos de violência: a cada hora uma arma é apreendida no DF

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Inimaginável sinal dos tempos de violência. A cada hora uma arma de fogo é apreendida no Distrito Federal, segundo dados da Polícia Militar. Mesmo com a Campanha do Desarmamento para tirar armas de fogo de circulação há alguns anos, o objetivo não foi alcançado. O acesso à compra de uma arma é cada vez mais fácil. Essa uma das causas dos novos tempos, segundo autoridades.

E não se trata apenas de armas de pequeno porte. Pelo menos 22 delas foram apreendidas em apenas dois dias. Entre quinta (26) e sexta-feira (27), revólveres, pistolas, carabinas e até espingardas foram apreendidas pela corporação em dez regiões administrativas da capital. A média representa no cômputo geral como se a cada hora uma ocorrência fosse registrada. No primeiro semestre do ano, mais de mil objetos que poderiam ser utilizados em crimes foram recolhidos.

Ceilândia lidera

A cidade com maior número de apreensões entre quinta e sexta-feira é Ceilândia. Na região, foram quatro ocorrências distintas que acabaram na apreensão de uma carabina calibre .44, um rifle calibre .22, uma pistola importada, um revólver calibre .38 e uma espingarda calibre .12. Em um dos casos, os objetos eram portados por adolescentes encaminhados à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA II).

Em uma única ocorrência no Gama, cinco armas de fogo foram localizadas: uma carabina, um rifle calibre .22 e três revólveres – dois calibre .38 e um, .32.

Já em m São Sebastião, foram encontradas duas garruchas calibres .38 e .22. Em Planaltina, uma pistola calibre .380. Em Santa Maria, um revólver calibre .32. No Paranoá, foram uma pistola calibre .32 e uma espingarda calibre .12. Na Estrutural, uma garrucha calibre .32 e uma espingarda calibre .12.

Enquanto na Granja do Torto, uma pistola calibre .40. Em Taguatinga, um revólver calibre .32. No Recanto das Emas, uma pistola calibre .32. No Riacho Fundo, um revólver calibre .38.

PCC quer aumentar arsenal

A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) planeja uma série de ataques a fóruns de todo o país em busca de armas guardadas pela Justiça. O plano foi descoberto pela Polícia Civil de São Paulo por meio de interceptações telefônicas, segundo foi divulgado nessa sexta-feira (27) pela Folha de São Paulo.

As ligações revelam que chefes da facção determinaram um levantamento em unidades de todo país para descobrir em quais há estoque de armas. Segundo a Polícia, a ordem partiu do presídio de Presidente Venceslau, onde está a cúpula do PCC, entre eles Marco Camacho, o Marcola.

Campanha do Desarmamento

Após o Estatuto do Desarmamento elaborado em 2003, teve início a Campanha do Desarmamento, determinando à população portadora de armas sem registro o prazo de 180 dias para regularização de registro ou porte perante a Polícia Federal, ou entrega de boa-fé da arma de fogo com direito a indenização, à contar de 23 de junho de 2004, conforme a Lei 10884 de 17 de junho de 2004.

O Ministério da Justiça divulgou que foram entregues 443719 armas de fogo, destruídas pelo Comando do Exército, número que constatou o sucesso da campanha, que tinha por meta recolher 80 mil armas, com ampliação desta meta para 200 mil até dezembro de 2004.

Assim o Governo Federal estendeu a Campanha do Desarmamento até 23 de outubro de 2005, data do referendo onde se questionou a proibição ou não-proibição da comercialização de armas de fogo ou munição, onde o “Não” saiu vitorioso.

Da Redação

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