O presidente Michel Temer liberou verba do Orçamento indicada por parlamentares no total de R$ 5,8 bilhões pagos em emendas individuais até a primeira semana de julho, nesta quinta-feira (12). Trata-se de montante bem maior do que o total do ano passado inteiro (R$ 4,92 bilhões). E quase o mesmo desembolsado em 2016 (R$ 5,92 bilhões), quando ocorreram as eleições municipais.
Os dados são da Consultoria de Orçamento da Câmara a pedido do Estadão. As emendas parlamentares são usadas por deputados e senadores para direcionar recursos para obras ou serviços em seus redutos eleitorais.
Tudo o que candidato quer
Incluem desde dinheiro para obras de infraestrutura, como pontes, até valores para programas de saúde e educação. É por isso que seu pagamento é uma moeda de troca valiosa entre base e governo, principalmente em ano de eleições.
O governo federal atribuí a manobra nas emendas devido ao período eleitoral. A lei proíbe a transferência de recursos da União a Estados e municípios nos três meses que antecedem a votação. Isso significa que novos repasses estão vedados desde o sábado passado, a não ser para obras ou serviços já em andamento ou para emergências.
Pressão parlamentar
“Neste período, aumenta a pressão e aí aumenta também o volume de recurso empenhado. Os deputados ficam nervosos e pressionam para empenhar antes da eleição”, disse o vice-líder do governo na Câmara, deputado Darcísio Perondi (MDB-RS). Com informações do Estadão.