Por Maurício Nogueira
Todos partidos políticos rechaçam que são eles que definem os integrantes dos ministérios. Do comando ao mais baixo escalão. Em uníssono dizem que é da alçada do presidente da República. O presidente Michel Temer tem, agora, a batata quente de manter ou não o PTB no comando da pasta do Trabalho.
O presidente do PTB, Roberto Jefferson, afirmou, nesta quinta-feira (5), que a Executiva Nacional do partido colocou o comando do Ministério do Trabalho à disposição do governo Temer. Um desembarque pelo porão do Palácio do Planalto.
Por meio de sua conta no Twitter, o deputado garantiu somente o “apoio político” para que a legenda assumisse a pasta. Porém, negou participação em possíveis irregularidades. Como em outras oportunidades.
“Pessoalmente, insisto: não participei de qualquer esquema espúrio no Ministério do Trabalho. E acrescento que minha colaboração restringiu-se a apoio político ao governo para que o PTB comandasse a Pasta”, garantiu.
Jefferson também afirmou que a legenda apoia a Operação Registro Espúrio, mas “não concorda com inferências divulgadas antes que as investigações estejam concluídas”.
“Como já foi dito, se houve irregularidade na pasta, caberá aos responsáveis responder à Justiça por seus atos. Não concordamos, todavia, com inferências divulgadas antes que as investigações estejam concluídas”, complementou.
Quem esqueceu a dificuldade de tentar introduzir e depois substituir a filha do petebista, deputada Cristiane Brasil (RJ), indicada pela legenda para o Trabalho?
Temer manterá a pasta com o PTB, após mais esse desgaste ou colocará um interino para fechar o mandato?
A pressão sob Temer é maior do que para a seleção brasileira ganhar a Copa da Rússia? Os outros partidos da base ficarão inertes?
A conferir.