O presidente Michel Temer (MDB) cometeu gafe ao nomear o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), de “presidente do Supremo”, durante cerimônia de posse de ministros nesta segunda-feira (2).
Avisado, Temer se corrigiu. “Do Senado? Ah, não é do Supremo?”, disse, enquanto a plateia ria e aplaudia. “Mas é da suprema… É que o Legislativo é tão importante, que na minha cabeça ele é sempre supremo. Porque ele é que tem início a tudo o que se faz no País, não é verdade?”, emendou.
“Vejam que a execução vem da palavra executar. Executar o quê? O que o povo quis por meio da lei. O Judiciário pratica a jurisdição, ‘juris dicem’, diz o direito. Que direito? O direito que manda ser aplicado pelo poder legislativo. Portanto, o Legislativo é o órgão supremo do País”, argumentou Temer.
O presidente é investigado no âmbito do Supremo Tribunal Federal no caso do decreto dos portos e uma terceira denúncia da Procuradoria-Geral é esperada pelo Planalto.
Tomaram posse os ministros da Saúde, Gilberto Occhi, dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro Silveira, e presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Antônio de Souza.
Com a saída de Dyogo Oliveira do Planejamento, o secretário-executivo Esteves Pedro Colnago Junior foi nomeado para comandar a pasta. Dyogo assume a presidência do BNDES, no lugar de Paulo Rabello de Castro, cotado para disputar a Presidência da República pelo PSC.
Temer agradeceu aos ministros Ricardo Barros e Mauricio Quintella, que deixaram Saúde e Transportes, respectivamente, para poderem se candidatar nas eleições de outubro.
O presidente elogiou Occhi, dizendo que o então presidente da Caixa foi “fundamental” para que o governo conseguisse liberar o FGTS das contas inativas, que injetou R$ 44 bilhões na economia. Temer também assinou a posse do substituto de Occhi no banco estatal, Nelson Antônio de Souza.
(Foto: Alan Santos/PR)