Teletrabalho tem garantido economia em milhões para o DF

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Pesquisa realizada pelo Grupo E-Trabalho, da Universidade de Brasília (UnB), revela que 92% dos servidores do GDF trabalham home office

 

*Por Vanessa Azevedo

 

O Governo do Distrito Federal (GDF) já economizou mais de R$ 36 milhões de reais com a aceleração do teletrabalho. Em média, a economia mensal é de aproximadamente R$ 9,1 milhões. Os gastos com água e esgoto e energia elétrica foram os que tiveram mais queda. O sistema de chat e vídeo tem ajudado no combate ao novo Coronavírus.

Segundo o secretário de Economia do Distrito Federal, André Clemente, o modelo home office tem sido positivo tanto a servidores quanto à administração pública. “Com o regime remoto, está havendo mais qualidade de vida, visto que não há desgaste durante com deslocamento, que envolve trânsitos intensos”, explica.

O Distrito Federal, hoje, possui a maior taxa de trabalhadores no regime, mais de 28%. E uma pesquisa realizada pelo Grupo E-Trabalho, da Universidade de Brasília (UnB), revela que 92% dos servidores do GDF sem cargo de chefia aprovam a experiência do teletrabalho. Foram ouvidos, entre 25 de abril e 31 de maio, 7.421 servidores de 93 órgãos e entidades da administração pública local.

Produtividade

O sistema, contudo, não afetou a produtividade do serviço público. Por dia, mais de 48 mil pessoas acessam o sistema do GDF para desempenharem suas funções de casa. O Sistema Eletrônico de Informações (SEI) manteve a média de 30 mil documentos gerados diariamente. Ainda de acordo com o GDF, o trabalho remoto continuará mesmo após a pandemia.

Modernização

Em entrevista ao Tudo OK Notícias, a Secretaria de Economia do Distrito Federal (SEEC-DF) afirmou que estuda a adoção do teletrabalho no GDF desde o ano passado. A prática é uma das medidas para modernização da gestão. No entanto, a adoção da modalidade precisou ser adiantada por conta da pandemia da Covid-19.

De toda forma, o teletrabalho permanecerá de forma definitiva na administração pública. “Algumas áreas de atendimento essencial continuam sendo realizadas apenas presencialmente, por não se encaixarem no perfil de teletrabalho”, reitera.

Áreas de atendimento essencial que não se encaixam no modelo a distância:

Saúde;

Segurança;

Vigilância sanitária;

Assistência Social;

Órgãos de fiscalização de defesa do consumidor;

DF Legal;

Receita do Distrito Federal;

Serviços de Limpeza Urbana.

Organização dos setores

Cada órgão da administração ficou responsável por regulamentar as atividades em teletrabalho, de acordo com as demandas específicas realizadas por cada um. “As normas para a adoção definitiva do teletrabalho no âmbito do GDF serão publicadas em breve. Elas levarão em conta o perfil de cada área e a disponibilidade de cada trabalhador”, finaliza a Secretaria.

Home office no dia a dia

Para a UX/UI Designer Jaqueline Paulino, 20, trabalhar de forma remota, no início, foi um desafio: teve de lidar com mudanças bruscas, que envolveram capacidade de adaptação e organização.

Segundo a jovem, a empresa onde trabalha, que presta serviço a um dos maiores bancos brasileiros, demonstrou bastante flexibilidade na adoção do home office. A primeira iniciativa acatada, no início da pandemia, foi liberar todos os funcionários que se enquadram no grupo de risco.

Poucas semanas depois, o setor de Jaqueline também foi liberado. “Hoje, alguns funcionários só vão à empresa em casos bem específicos. Todos estão de casa”, explica.

O home office só é possível quando existe confiança entre empregado e empregador. Eles estão entendendo que é possível prestarmos serviços de qualquer lugar, com a mesma dedicação.” Jaqueline Paulino, UX/UI Designer

Quando questionada sobre a mensuração de resultados pelo Tudo OK Notícias, pondera que “o retorno por parte dos nossos superiores está sendo muito positivo. Nós, funcionários, estamos produzindo mais, e eles estão economizando bastante também”.

Hoje, o teletrabalho está sendo viável para Jaqueline. Após meses de adaptação, conseguiu montar um escritório em sua casa com investimento próprio. Ela afirma ter conseguido mitigar o tempo de deslocamento entre sua casa e a empresa, o que a proporcionou mais qualidade de vida, porque utiliza esse período para realizar hobbies ou descansar um pouco mais. “O meu setor está mais conectado também; as respostas estão mais ágeis. Tenho mais tempo para minha família”.

Espaço de trabalho home office de Jaqueline Paulino. Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução.

 

Sobre os contras, Jaqueline Paulino contabiliza poucos: “Nos primeiros meses, tanto eu quanto a empresa sofremos para preparar o ambiente digital de trabalho, mas deu certo. Tem de ter cautela com o uso do computador também; pôr limites, senão sobrecarrega. Minha família ainda está passando por um processo de educação quanto ao meu trabalho. Já tive muita gafe por interrupção durante reuniões importantes, sabe? (risos)”.

*Estagiária sob supervisão de Maurício Nogueira

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