Técnicos em enfermagem do Samu criticam portaria que permite que categoria conduza ambulâncias

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Uma portaria da Secretaria de Saúde do DF está dando o que falar entre os técnicos em enfermagem do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O documento de nº 74, expedido em 14 de dezembro, acrescenta, entre outras atribuições da categoria, que eles devem conduzir ambulâncias. Porém, isso seria contra as normas do Conselho Federal de Enfermagem. Para piorar a situação, a pasta adquiriu 23 novas ambulâncias, que se encontram paradas.

O vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal (Sindate-DF), Jorge Vianna, diz que já entrou em contato com a Secretaria de Saúde, mas não houve resposta. Dessa forma, a Justiça deve ser procurada. Ele denuncia que não adianta comprar ambulâncias e deixá-las paradas.

“Uma coisa são as novas viaturas, que a gente precisava. Mas elas chegarem e não ter ninguém para dirigir não dá. Também não é certo colocar qualquer pessoa para dirigir. Não tem nada a ver”, reclama.

Ele diz que o déficit de motoristas do Samu é grande e que nada foi feito nos últimos tempos para cessar esse problema de vez.

O outro lado

A Secretaria de Saúde afirma que a portaria permite que o técnico de enfermagem conduza os veículos, desde que tenha a habilitação necessária para tal. Segundo eles, isso garante ao paciente maior qualidade no atendimento, já que o condutor também participa do socorro e porque os técnicos já conduzem as motolâncias.

Com relação às ambulâncias paradas, elas não estariam desta forma apenas por falta de condutores, de acordo com a pasta, mas também por um déficit de 49 médicos do Samu. Porém, a nomeação de profissionais nas últimas semanas permitiu que seis veículos do Samu que estavam paradas voltassem a circular.

“Além disso, a pasta renovou a frota do Samu, ao adquirir 23 novos veículos que chegaram a Brasília esta semana. Eles irão substituir viaturas antigas. Desse total, quatro veículos foram doados pelo Ministério da Saúde e outros 19, adquiridos por meio de emenda parlamentar. Atualmente, a frota conta com 30 ambulâncias de suporte básico e outras sete de suporte avançado”, conclui a nota.

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