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TCDF e Novacap debatem detalhes dos reparos na Ponte JK para evitar atrasos e problemas futuros
Técnicos da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) se reuniram com auditores do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e com o relator do processo que analisa o edital de contratação para a reforma da Ponte JK, conselheiro Renato Rainha. O encontro abordou pontos da nova licitação que poderiam gerar questionamentos da Corte, além de questões como a garantia da obra, o orçamento estimativo, a matriz de riscos, o impacto no trânsito durante a manutenção e a fiscalização da execução do serviço.
Os representantes da Novacap destacaram que serão estabelecidos critérios rigorosos de desempenho e controle para assegurar a durabilidade da reforma. A previsão é de que sejam exigidas garantias de 25 anos para os cabos, a pintura e a estrutura da ponte. Foi mencionada ainda a situação das juntas de dilatação, que tiveram substituição parcial entre 2020 e 2021, mas necessitaram de novos reparos em 2023.
Uma das preocupações do TCDF é a dificuldade em diagnosticar os 12 blocos e pilares de sustentação da Ponte JK, pois uma inspeção realizada há dez anos identificou fissuras em três dos quatro blocos analisados. Relatórios anteriores também apontaram o uso de materiais sujeitos à deterioração em cinco blocos.
Segundo os técnicos da Novacap, esse tipo de vistoria demanda um equipamento especializado, o microscópio eletrônico de varredura. Como a inspeção pelo Governo do DF exigiria uma parceria com universidades, o que poderia atrasar a obra, a solução proposta foi incluir essa análise em uma contratação integrada.
Para mitigar riscos, a Novacap afirmou que já licitou o Acompanhamento Técnico de Obra (ATO), que permitirá supervisão detalhada dos serviços com ensaios de contraprova, incluindo medições de concreto, modelagem estrutural em 3D e verificação da tensão dos cabos dos arcos da Ponte JK. O TCDF também mobilizará uma equipe para monitorar a inspeção.
A Novacap está atualizando o orçamento para incluir o reparo dos 12 blocos, com previsão de supressão do serviço caso a inspeção indique que nem todos necessitam de intervenção. Também será acrescentada a logística necessária para a manutenção dos pilares centrais, que exige o uso de uma balsa.
Impacto no trânsito
O impacto da obra no trânsito também foi discutido. A Novacap garantiu que a interdição da Ponte JK será parcial, afetando duas faixas por vez, uma de cada lado, para minimizar transtornos aos motoristas e moradores do Distrito Federal.
