Tabanez não crê que Ibaneis e distritais apunhalem os estudantes, mas a mudança no sistema de passes é necessária

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

Prevenir é melhor do que remediar. O ditado valeu para o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que decidiu não enviar nesta terça-feira (5), para a Câmara Legislativa, a proposta contemplando o fim do Passe Livre Estudantil. Ele pretende amadurecer o projeto intramuros para depois encaminhar o modelo definitivo para ser submetido à CLDF, sem perda de tempo até o final da semana.

Há duas alternativas para a questão polêmica. Uma é manter o passe livre para alunos de escolas públicas e acabar com o benefício para os de escolas particulares, desde que o estudante usufrua de bolsa.

Segundo o secretário de Relações Parlamentares, Bispo Renato, o texto requer ajustes. O Passe Livre Estudantil custa R$ 300 milhões, mas se englobando a gratuidade dos portadores de deficiência o montante sobe para aproximadamente R$ 500 milhões, de acordo com Renato. A ideia é se o estudante tiver condições ele pagará a passagem, considera o parlamentar.

Estudantes mobilizados

Os estudantes já se mobilizam para rechaçar o projeto que altera a concessão do benefício.

No texto que pretendia enviar à Câmara nesta terça-feira, o Buriti previa o pagamento integral da passagem por alunos de renda mais alta e de um terço da tarifa para estudantes carentes.

Na visão do professor, policial e ex-candidato a deputado distrital, Carlos Tabanez, o projeto não deverá cancelar o passe gratuito dos estudantes. E por exemplo, questiona ele, em relação ao portador de deficiência. “Valerá para todos os tipos deficientes?”, indagou.

Tabanez também lembrou do “gargalo das cooperativas com os desvios milionários com uso de cartões furtados e extraviados”.

Mobilidade urbana

Na opinião do ex-candidato, o problema, hoje, da mobilidade urbana vem dos governos anteriores, pela desorganização, falta de critérios e incompetência para a concessão do passe estudantil. “Pois, o passe estudantil era, praticamente, um passe livre para qualquer linha e horário”, compara.  “Muitas vezes os alunos moravam ao lado da escola e recebiam o passe, que eram repassados aos familiares para uso diversos”, recorda Tabanez.

Outro fato realçado por Tabanez são os cartões para portadores, que algumas vezes pessoas os recebiam sem serem portadores. “É mais fácil cortar do que organizar a matrícula escolar e sincronizar com as linhas e turnos escolares”, ponderou Tabanez, acrescentando que “apesar de mais trabalhoso é mais justo”.

“Ao invés de cortar o passe estudantil, que se direcionasse os alunos para escolas mais próximas e os cartões do passe fossem para as linhas e turnos específicos. E não tiraria o direito a mobilidade estudantil que para algumas família não podem dispor de valores , pois isso iria comprometer o orçamento alimentar”, argumenta ele.

Tabanez não acredita que o governador Ibaneis e os deputados distritais “apunhalem” os estudantes com o cancelamento total do passe estudantil.  Ele entende que o governo deve evitar o desgaste e, “mesmo que ele continue com essa ideia, os deputados distritais não irão dar essa facada nos estudantes”.

De acordo com Tabanez, a mudança na gestão dos passes dos estudantes é necessária, até porque Ibaneis quer evitar os elevados gastos para o GDF,  no modelo atual. “É um dinheiro jogado fora, pelo jeito que está sendo feito”, complementou.

“E espero, pelo que acompanhei e apoiei o governador Ibaneis no segundo turno, que ele reflita e mude essa ideia inicial”, afirmou, esperançoso, Tabanez.

Mais lidas

Projeto Brilho do Sol – FEHSOLNA II ilumin...
IPVA 2024: Última semana para pagamento no DF
Andrea Bocelli ao vivo: Oferta exclusiva BRB
...