Surto de bombeiro reabre discussão sobre tratamento psicológico aos profissionais de segurança pública

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Hoje pela manhã publicamos uma matéria envolvendo um bombeiro militar que havia pegado uma viatura dentro do 8º GBM de Ceilândia e em alta velocidade se dirigiu à Esplanada dos Ministérios e ao Congresso Nacional.

O título da matéria causou espanto e críticas de todos os lados, porém, os fatos em si mostraram que a intenção do que poderia se transformar num possível atentado sem precedentes na história da capital do país foi interceptado por policiais militares das unidades especializadas da ROTAM e PATAMO, isso é fato.

Passado o susto, um tema volta à realidade que é o tratamento psicológico dispensado aos profissionais de segurança pública que lidam no dia-a-dia com inúmeras situações, principalmente PMs e Bombeiros, que vão de assassinatos cruéis a acidentes automobilísticos com vítimas dilaceradas, passando pela doença dentro de sua própria família e sem perspectiva de tratamento.

Há muito se tem cobrado das autoridades e gestores uma responsabilidade no tratamento médico, psicológico e psiquiátrico aos profissionais de segurança, em especial os bombeiros e policiais militares. No entanto, a reciprocidade não tem sido levada a sério e estamos vivendo diante de uma doença crônica generalizada nas corporações. É inadmissível que a sociedade esteja à mercê de competentes profissionais (isso não resta dúvidas) que a tratam com zelo, mas que não são tratados da mesma forma. Muitos estão trabalhando no ápice de seu limite, endividados, doentes e sem tratamento e acompanhamento médico.

Já se observa nas redes sociais pronunciamentos de determinadas autoridades agora que o pior foi evitado. Essas mesmas autoridades que se dizem solidárias aos problemas são as mesmas que sabem de uma realidade gritante e existente, mas se omitem sabe-se lá por qual razão. Estamos e somos solidários ao bombeiro envolvido na situação e desejamos que ele tenha o melhor atendimento possível para sua enfermidade com todo respeito e dignidade que lhe é de direito.

O surto do bombeiro militar é só a ponta do iceberg e foi uma demonstração do que vem acontecendo no seio das casernas e as consequências que poderiam ter advindo de seu ato momentâneo. Vidas, além da dele próprio, poderiam ter sido ceifadas e hoje famílias estariam chorando e completamente despedaçadas, destroçadas, destruídas. Sem dúvidas, um crédito que seria colocado na conta dos governantes e gestores.

Felizmente, no contexto final tudo terminou bem para todos. Esperamos que esse alerta faça com que os responsáveis diretos pelo Estado acordem e reveja seus conceitos políticos, dando prioridade àquilo que é prioridade. Concito também que “Necessário se faz consultar psicólogos e psiquiatras a fim de avaliar frases proferidas e atos cometidos por alguém em surto psicótico”. As causas da ação caberão aos especialistas em comportamento humano definirem ou diagnosticarem.

Da redação,

 

Por Poliglota

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