Superintendente da PF no Amazonas diz a Salles que não vai passar boiada

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O superintendente da PF no Amazonas, Alexandre Saraiva, respondeu a Ricardo Salles, o ministro bolsonarista do Meio Ambiente que defendeu as madeireiras investigadas pelos policiais.

O delegado em entrevista à Folha de S. Paulo que vê incoerência em postura de Salles. “É o mesmo que um ministro do Trabalho se manifestar contrariamente a uma operação contra o trabalho escravo. Nunca tive notícia de um ministro do Meio Ambiente se manifestando contrariamente a uma operação que visa proteger a floresta amazônica. É um fato inédito e que me surpreendeu.”

Saraiva classifica madeireiros de integrar “organização criminosa”.

“Temos 10 ou 12 laudos atestando de forma inequívoca a ilegalidade de exploração. As empresas têm mais de duas dezenas de autuações no Ibama. É uma organização criminosa. Não merecem nem a denominação de empresas. Têm a vida dedicada ao crime, ao furto de bens públicos, à fraude, à corrupção de servidores públicos (…). Ou a gente faz um país baseado na lei ou faz baseado no crime. Se não está dentro da lei, não tem que funcionar mesmo. Se a lei está incomodando, muda-se a lei. Mas a lei que está valendo hoje é essa, e nós estamos cumprindo.”

E concluiu: “Não vou e não posso fazer qualquer comentário sobre manifestação do ministro do Meio Ambiente em situação que não envolva a superintendência da PF no Amazonas. Mas aqui na Polícia Federal não vai passar boiada.”

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