Substituto de Dallagnol tenta dissuadir ação orquestrada para acabar Lava Jato

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O procurador da República Alessandro Oliveira, que sucederá Deltan Dallagnol à frente da Operação Lava Jato em Curitiba, afirmou nesta terça-feira (1º), em entrevista à CNN, não acreditar que exista uma ação orquestrada contra a força-tarefa.

“Não acredito que haja algo orquestrado nesse sentido, seja por pessoas, por instituições e muito menos por autoridades”, disse Oliveira, entrevistado pelos âncoras Monalisa Perrone e Caio Junqueira e pelos colunistas Fernando Molica e Thaís Arbex.

Oliveira afirmou que não assume a Lava Jato com a intenção de desfazer o trabalho realizado durante a gestão de Deltan, pelo contrário.

“A ideia inicial é tentar manter o máximo possível. No jargão popular, em time que está ganhando não se mexe. A gente tem uma visão muito positiva dos trabalhos até hoje realizados”, disse o novo coordenador da força-tarefa.

A posição manifestada por Oliveira a respeito da relação entre a Lava Jato e a política é oposta a que tradicionalmente foi defendida por Deltan Dallagnol.

É visto como um especialista em homologações de delações premiadas. Oliveira não tem histórico de falhas neste aspecto. Entre colegas procuradores, é considerado também um homem sério, dedicado e uma pessoa de trato fácil e afável.

Entre suas contribuições com as ações da força-tarefa está a mediação do acordo de delação premiada do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. O novo coordenador era visto como uma espécie de elo entre Curitiba e Brasília. “Conhece bem o assunto. Ele é um homem extremamente estudioso”, resumiu um integrante da Procuradoria-Geral da República sobre o novo coordenador.

Entre os colegas do Ministério Público Federal, Alessandro Oliveira é considerado técnico e extremamente discreto. Ele é avesso a entrevistas ou mesmo a manifestações públicas em redes sociais, algo que tem sido marca dos integrantes do MPF , principalmente entre os procuradores mais jovens. A sua discrição é tanta que alguns membros do Ministério Público reagiram com surpresa ao nome do novo coordenador da força-tarefa.

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