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Decisão do ministro Alexandre de Moraes impõe restrições ao ex-presidente, que é investigado por financiar ações de Eduardo Bolsonaro nos EUA
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está proibido de manter qualquer tipo de contato com o filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), além de diplomatas e embaixadores. A determinação foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura o suposto financiamento de ações do ex-chefe do Executivo brasileiro no exterior.
Bolsonaro foi alvo de uma nova operação da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (18), e passou a ser submetido a uma série de medidas cautelares. Entre elas, o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, a proibição de utilizar redes sociais e a obrigação de permanecer em casa entre 19h e 7h, em regime de recolhimento noturno.
De acordo com os investigadores, há indícios de que o ex-presidente tenha financiado atividades de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, incluindo articulações políticas contra o ministro Moraes. O deputado deixou o Brasil em março, alegando ser alvo de perseguição e afirmando que corria risco de ser preso. Nos EUA, ele tem tentado mobilizar congressistas e membros do governo norte-americano contra Moraes, chegando a pedir o cancelamento do visto do magistrado e de sua esposa.
Tanto Jair quanto Eduardo Bolsonaro são investigados no inquérito, que tramita em sigilo no STF e pode desdobrar-se em outras ações penais conforme o avanço das investigações.
