Só mais um round! “E que nunca nos falte a esperança de dias melhores”

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Por Carlos Arouck

 

Chega o fim do ano. Um balanço acaba sendo inevitável. A proximidade da chegada de 2018 faz com que as pessoas reflitam sobre o que já passou para que planejem metas futuras. Comigo não é diferente. Hoje, aqueles que me acompanham nessa jornada de denúncias, esclarecimentos, combate à corrupção e luta por um País melhor, serão brindados com um texto de “fechamento de ano”.

Dois mil e dezessete não foi para os fracos: o Brasil sacudido por denúncias assistiu de camarote as prisões no alto escalão para depois receber a notícia de que essas mesmas autoridades estariam sendo soltas, uma a uma. Diversas operações da polícia federal esquentaram os noticiários – Carne fraca, Leviatã, Eficiência, Cui Bono?, Fatura Exposta, Tesouro Perdido, entre tantas outras, mas nenhuma superou a famosa Lava Jato. As delações premiadas causaram impacto e estremeceram as bases do Congresso, do Planalto e dos ministérios. O Supremo extrapolou em sua competência de Poder Judiciário e acabou legislando. Ficou evidente o conflito entre os Três Poderes da República. A propagada reforma política manteve os caciques políticos com direito ao foro privilegiado e à perpetuação no poder.

Eu, assim como milhões de cidadãos, ultrapassamos todos os limites da indignação. Este texto de hoje visa dar um fechamento ao trabalho de análise que desenvolvi durante o ano. Pesquisei diversos temas públicos, alertei para matérias deturpadas pela mídia, mostrei para o leitor exemplos de manipulação explícita e de guerra híbrida, usei as mídias sociais para conclamar a participação cidadã, divulguei conteúdos confiáveis de sites pouco conhecidos mas organizados por pessoas que participam comigo desse bom combate contra os maus. Saí de minha zona de conforto. Não me limitei às palavras, estive presente em toda grande manifestação de rua a favor dos interesse público. Fiquei de pé por horas, debaixo de sol ou chuva, segurando a bandeira nacional junto a outros indignados como eu, que carregavam faixas com dizeres contra a corrupção. Lutei contra a frustração, o cansaço e o desânimo, ao perceber que as coisas não mudam como deveriam. Perseverei na tentativa de contribuir para que cada um possa reconsiderar seu papel com vistas a mudar a realidade brasileira.

Sou casado há 30 anos, pai de dois rapazes, filho de militar com dona de casa. Comecei a trabalhar no dia em que completei 18 anos. Graças à profissão de meu pai, conheci diversas capitais do país, de norte a sul. Na infância, joguei muita bola e soltei pipa. Fiz amigos que mantenho até hoje. Tive a sorte de receber ensinamentos e bons exemplos, que despertaram em mim a vontade de trilhar o caminho responsável e consciente do que é certo ou errado. Sou conhecido por ser discreto e mais reservado. Não invejo as coisas alheias, torço pelo Botafogo, morei no Rio bem na época da famosa música de Jorge Ben Jor, “Moro… Num país tropical, Abençoado por Deus E bonito por natureza (Mas que beleza!)”, além de “Filho Maravilha”… Bons tempos… os hospitais atendiam os doentes, as escolas públicas eram excelentes, os políticos não faziam como os recentes ex-governadores, presos por desvios absurdos, querendo levar vantagem em tudo ao colocar a “lei de Gerson” como prioridade em suas vidas públicas, as pessoas não tinham medo de andar nas ruas.

Mas não se pode viver do passado e se deve fazer tudo que estiver ao nosso alcance para que o Brasil saia dessa crise moral em que está mergulhado atualmente e consiga ser reconstruído de forma sólida e ética. Os escândalos que não cessam e a ineficiência do Estado dificultam a retomada do crescimento e minam a confiança popular nas instituições brasileiras. Acredito que cada cidadão deve começar a fazer a sua parte, levar o aprendizado consigo nos projetos futuros. Temos que, em 2018, escolher melhor nossos representantes e não reeleger ninguém com ficha suja. Pelo voto, podemos, sim, devolver o bem estar social aos brasileiros. Será por meio das próximas eleições que teremos o ponto de partida para a “grande virada”, o momento da reação, a oportunidade de mudar. O voto consciente será capaz de trazer para todos nós melhor educação, saúde e segurança. Ninguém deve abrir mão de sua responsabilidade pessoal na construção de uma sociedade mais justa. Que venham novos tempos!!!

Termino citando Walter Elliott. “A perseverança não é uma longa corrida; ela é muitas corridas curtas, uma depois da outra.”

P.S. Aproveito para agradecer a confiança daqueles que me seguem e dedicam uns minutos de suas vidas para lerem minhas postagens. E repito: que venham novos tempos!!!
www.arouck.com.br

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