Sesc-DF lança e-book sobre Intergeracionalidade

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

 

 

Sesc-DF lança e-book sobre Intergeracionalidade e propõe debate em torno da prevenção ao idadismo

 

Por José do Egito

 

O termo intergeracionalidade vem sendo muito discutido nos últimos tempos, principalmente durante a pandemia. A sua definição nada mais é que, interações planejadas de grupos de pessoas com diferentes idades e em diferentes fases da vida. Pesquisas científicas mostram que a convivência de várias gerações promove melhora na cognição e estado de humor de idosos. Com o intuito de fomentar este debate, o Sesc-DF, por meio da coordenação de assistência social, está lançando o e-book Intergeracionalidade – Prevenção ao idadismo e construção de uma sociedade para todas as idades. A iniciativa propõe uma discussão acerca do tema com sugestões de atividades, desafios, indicações de filmes, livros e muito mais. A novidade já está disponível para ser baixada, clique aqui. 

Mas afinal, por que se estuda este termo? Qual sua importância na saúde do idoso? Esses e outros questionamentos são tratados no e-book. A coordenadora de assistência social do Sesc-DF, Adriana Costa, explica que a novidade servirá para auxiliar a população fomentando a discussão do tema na sociedade e no contexto familiar. “É necessário que as pessoas entendam sobre este assunto que afeta diretamente, em especial, os idosos. Durante a pandemia, a intergeracionalidade e o idadismo estiveram presentes na convivência das pessoas. Isso acontece nas mais variadas formas, como pensar que o idoso não é capaz de acessar as novas tecnologias ou imaginar que, pela idade, a pessoa não é capaz de desempenhar determinada função, seja em casa ou no trabalho”, explicou Adriana.
A idade é uma das primeiras coisas que percebemos nas outras pessoas. O idadismo, que é o preconceito em relação a idade, surge quando ela é usada para categorizar e dividir as pessoas de maneira a causar prejuízos, desvantagens e injustiças. O Relatório mundial sobre o idadismo divulgado recentemente descreve uma estrutura de ação para reduzir esse fenômeno, incluindo recomendações específicas para diferentes atores, como por exemplo, governos, agências da ONU, organizações da sociedade civil e setor privado.
Por isso, nos dias 6 e 7 de outubro, o Sesc-DF promoverá o I Seminário em Longevidade – Desafios, oportunidades e experiência em intergeracionalidade. A iniciativa reunirá especialistas para fomentar debates que fortaleçam a qualificação do profissional que atua na área do envelhecimento humano em toda a sua abrangência. O seminário propõe ainda uma reflexão sobre alguns aspectos voltados para a discriminação das pessoas idosas e que trazem perdas significativas para saúde física, mental e social.
A coordenadora do Sesc-DF, Adriana Costa, defende que o processo de envelhecimento é de interesse das mais diversas áreas do conhecimento. E, neste sentido, a maneira como uma população e as suas várias gerações se compreendem e se comportam frente à passagem do tempo e ao processo de envelhecimento, reflete a própria concepção de uma sociedade. “Na pandemia essas discussões ficaram bastante latentes. Nosso objetivo é enfrentar as barreiras biopsicossociais que impossibilitam um envelhecimento saudável e a participação social de pessoas idosa”, disse Adriana.
O e-book foi escrito e desenvolvido pela coordenadora do Sesc-DF, Adriana Costa, e pela assistente social e especialista em Gerontologia, Ingrid Rochelle Rêgo Nogueira. O trabalho também contou com o prefácio feito pela terapeuta ocupacional e doutora em Gerontologia, Elcyana Bezerra Carvalho, além da colaboração da professora Leda Freitas Maciel e ilustração e diagramação de Julião Jr.
Em virtude do grande envelhecimento populacional, estudiosos vem traçando estratégias e intervenções em busca de proporcionar qualidade de vida aos idosos. Uma das intervenções no nicho da cognição que vem mostrando bons resultados para melhora de funções cognitivas de idosos é a realização de programas e estimulação cognitiva intergeracional.
Segundo a assistente social e especialista na área, Ingrid Nogueira, o idadismo foi intensificado no período da pandemia, sendo expresso, inclusive, em memes na Internet, com foco na infantilização e ridicularização de pessoas idosas, bem como em discursos de banalização da morte desse grupo populacional.
“Vivemos em um país, cuja população caminha a passos largos para o envelhecimento, mas que nega a velhice. Nós queremos viver muito, mas não sabemos lidar com nosso próprio envelhecimento nem com o envelhecimento do outro”, defende.
Para a especialista, as relações entre as gerações são fundamentais para que o idadismo seja descontruído. “Precisamos pensar o idadismo de forma ampla, entendendo que ele se articula com outras formas de opressão, tais como as com base na classe, raça e gênero. Além disso, é necessário entender que a forma como as gerações se relacionam podem contribuir para que ao invés da cultura do idadismo, tenhamos uma cultura de valorização do envelhecimento”, disse Ingrid.

Mais lidas

Caiado amplia Aprendiz do Futuro para 10 m...
Faustão surpreende no SBT e emociona ao ho...
Dona Déa e Lívia Andrade selam paz ao vivo...
...