Margareth Buzetti (PSD-MT) destaca impacto negativo no público e pede medidas para enfrentar questão
A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) expressou seu descontentamento com os preços exorbitantes das passagens aéreas no Brasil em um pronunciamento nesta quinta-feira (24). De acordo com a parlamentar, esse problema afetou aproximadamente 42 milhões de brasileiros durante o primeiro semestre de 2023. Em sua visão, o Senado precisa abordar e buscar uma solução para o que ela chamou de “prática das poderosas companhias aéreas”.
Buzetti também mencionou situações envolvendo empresas de turismo específicas, como a 123 Milhas e o Hurb, que não cumpriram com as condições das ofertas e acabaram cancelando a emissão de milhares de passagens.
A senadora destacou que muitas pessoas recorrem a agências de viagens com ofertas atraentes porque, no Brasil, o preço mais acessível para uma passagem aérea custa, pelo menos, metade de um salário mínimo. Além disso, ela chamou a atenção para o fato de que o valor da passagem é apenas o início do problema para quem precisa viajar dentro do país.
Ela ilustrou sua argumentação com um exemplo: o trecho de voo entre Brasília e Cuiabá, saindo na sexta-feira e voltando na segunda-feira, com compra para o mês seguinte e sem despacho de bagagem, pode custar R$ 1,6 mil na tarifa mais barata.
A senadora também mencionou o lançamento do programa “Voa Brasil” pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França. Esse programa tem como propósito democratizar o acesso a passagens aéreas, com um custo estimado de R$ 200 por trecho.
No entanto, Buzetti enfatizou que não se pode ignorar a situação atual. Ela questionou se seria viável abrir o mercado, discutir a reforma tributária ou adotar outras medidas que possam reduzir os custos das companhias aéreas e tornar as viagens mais acessíveis. A senadora argumentou que voar no Brasil é uma necessidade para muitos, mas se transformou em um privilégio para poucos.