Renovação à vista: dois terços do Senado enfrentam fim de mandato em 2026
A composição do Senado Federal deverá passar por uma significativa renovação nas eleições de 2026. Dos 81 parlamentares, 54 têm mandatos encerrando-se ao final da atual legislatura. O cenário é particularmente preocupante para os principais blocos de centro e esquerda da Casa, que podem perder grande parte de sua força a partir de 2027.
No bloco “Democracia”, que reúne 25 senadores do União Brasil, MDB, PSDB e Podemos, apenas seis possuem mandatos com vigência até 2030. A situação é crítica também no bloco “Resistência Democrática” — formado por 18 parlamentares do PSB e PSD — onde apenas três senadores estarão garantidos na próxima legislatura. O PSD, que conta atualmente com 14 cadeiras, corre risco de redução expressiva: só três nomes permanecerão após 2026.
O bloco PT-PDT também deverá passar por mudanças. Quatro dos 12 senadores não disputarão a reeleição, o que representa um terço da bancada.
Na contramão desse movimento, a oposição se encontra em posição mais confortável. O bloco PL/Novo terá oito dos seus 15 parlamentares com mandatos vigentes para além de 2026, assegurando certa estabilidade. Já partidos como PSB, Podemos e PSDB correm o risco de ficarem sem representação caso não reconquistem cadeiras nas próximas eleições. O MDB, que já foi a maior bancada da Casa, pode ter apenas um senador remanescente em 2027.
No Distrito Federal, há três senadores. Damares Alves (Republicanos) tem mandato até 2031. Já os senadores Izalci Lucas (PL) e Leila Barros, a Leila do Vôlei (PDT), permanecem no cargo até 2027. Leila pretende disputar a reeleição para o Senado, enquanto Izalci Lucas deve concorrer ao Governo do Distrito Federal.