Secretário estadual de Educação do RJ é preso; Cristiane Brasil também é alvo

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Secretário Estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes Foto: Reprodução/Twitter/Pedro Fernandes

 

O secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, foi preso nesta sexta-feira (11) em operação que investiga desvios em contratos públicos. Além dele, a ex-deputada Cristiane Brasil também é alvo dos policiais.

Fernandes recebeu o mandado de prisão no condomínio onde mora, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. No entanto, como testou positivo para o novo coronavírus, ele apresentou o resultado do exame para os oficiais do Ministério Público e aos policiais que foram cumprir o mandado e, por isso, ficará em prisão domiciliar.

Fernandes é investigado por suspeita de receber propina em contratos da Fundação Leão XIII, órgão público subordinado ao governo estadual, assinados entre 2015 a 2018. O órgão foi formalmente subordinado a Fernandes em 2017 (governo de Luiz Fernando Pezão), quando ele era secretário da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social.

De acordo com a investigação, o secretário era chamado de “chefe” pelos integrantes do esquema e seria um dos beneficiários dos recursos desviados. Em nota, o secretário negou todas as acusações.

Ex-deputada é procurada

Além de Fernandes, a ex-deputada federal Cristiane Brasil, que é pré-candidata à prefeitura do Rio pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), também é alvo da operação. Cristiane é filha do ex-deputado federal Roberto Jefferson.

Cristiane já foi alvo de uma operação da Polícia Federal, em junho de 2018, quando ainda era deputada federal.

Na ocasião, agentes da PF estiveram em seu gabinete na Câmara, e na sua casa, no Rio de Janeiro. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no âmbito da segunda fase da Operação Registro Espúrio, que investigava se a parlamentar tinha participação na organização criminosa que atuava na concessão fraudulenta de registros sindicais no Ministério do Trabalho.

No mesmo ano, em fevereiro, ela esteve no centro de outra polêmica: a tentativa do então presidente Michel Temer de nomeá-la para o cargo de ministra do Trabalho.

O nome de Cristiane Brasil foi escolhido para a pasta em reunião do então presidente do PTB, Roberto Jefferson, pai da deputada, com Temer. No entanto, após disputa judicial em torno da posse, a deputada e líderes do partido combinaram com Temer que o partido indicaria outro nome para a pasta.

Em nota, a assessoria de Cristiane afirmou que a investigação no Rio de Janeiro trata de “denúncias sem fundamento” feitas em 2012 contra ela.

“Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram. Mas aparecem agora que sou pré-candidata a prefeita numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai”, disse a assessoria.

“Em menos de uma semana, Eduardo Paes, Crivella e eu viramos alvos. Basta um pingo de racionalidade para se ver que a busca contra mim é desproporcional. Isso deve ter dedo da candidata Martha Rocha, do Cowitzel e do André Ceciliano. Vingança e política não são papel do Ministério Público nem da Polícia Civil”, completou, em referência ao governador afastado e ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). (CNN)

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