O brasileiro fuma cerca de 333 cigarros por ano, segundo The Tobacco Atlas, produto cada vez mais caro e superprejudicial para a saúde no mundo
Tendo em mente que o tabaco faz parte da rotina diária do fumante, o CUPONATION, plataforma de descontos online e integrante da alemã Global Savings Group, levantou dados atualizados sobre essa prática e como isso influencia na economia do brasileiro e do mundo. A pesquisa foi divulgada nesta quinta (8).
Atualmente, o Brasil se posiciona na 91ª posição no ranking do maço de Marlboro mais caro do mundo, em que a população paga, em comércios populares, cerca de R$ 11 pelo combo de vinte cigarros, conforme uma pesquisa da companhia Numbeo realizada no primeiro semestre de 2021.
Doenças
O tabagismo é uma doença (dependência de nicotina) que tem relação com, aproximadamente, 50 enfermidades, dentre elas vários tipos de câncer (pulmão, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia), doenças do aparelho respiratório (enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma, infecções respiratórias) e doenças cardiovasculares (angina, infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial, aneurismas, acidente vascular cerebral, tromboses).
Há ainda outras doenças relacionadas ao tabagismo: úlcera do aparelho digestivo; osteoporose; catarata; impotência sexual no homem; infertilidade na mulher; menopausa precoce e complicações na gravidez.
Estima-se que, no Brasil, a cada ano, cerca de 157 mil pessoas morram precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo.
Os fumantes adoecem com uma frequência duas vezes maior que os não fumantes. Têm menor resistência física, menos fôlego e pior desempenho nos esportes e na vida sexual do que os não fumantes. Além disso, envelhecem mais rapidamente e ficam com os dentes amarelados, cabelos opacos, pele enrugada e impregnada pelo odor do fumo.
Em tempo de pandemia de Covid-19 em breve novas pesquisas serão divulgadas sobre o quanto o fumo agrava o estado de saúde dos tabagistas, como reflexo do vírus.
Brasileiro fuma 333 cigarros por ano
De acordo com o último relatório do The Tobacco Atlas divulgado sobre o assunto, o brasileiro tem o costume de fumar média de 333 cigarros ao longo de um ano inteiro.
Sabendo que um maço possui 20 cigarros, o total de unidades se transforma em 17 maços, que resulta em R$ 187 usados para o consumo anual do tabaco – o que representa 17% do salário mínimo atual de R$ 1.100 do brasileiro, segundo o IBGE.
O dado mostra que a porcentagem cresceu em 0,01% mesmo com o aumento do salário mínimo mensal tendo sido aumentado nos últimos meses, já que no início de 2020 esse resultado era de 16%.
Comparando essa mesma conta o salário médio do brasileiro, que permanece por volta de R$2.500 (Pnad Contínua/IBGE), a porcentagem seria de 7,48% de gastos anuais com cigarro.
Dentre os 108 países participantes da pesquisa, a Austrália é a nação que paga mais caro pelo produto, onde os cidadãos precisam desembolsar R$ 134,14 por pacote de tabaco.
O país da Oceania é seguido pela Nova Zelândia e pela Irlanda, que cobram cerca de R$ 119,08 e R$ 82,84, respectivamente, pelo maço. Veja o ranking completo no infográfico interativo do CUPONATION.
Filtrando essa gigantesca lista para encontrar as nações latino americanas, o CUPONATION registrou que mais 8 países aparecem além do Brasil, sendo o Chile o território que ocupa o primeiro lugar desse mini ranking, estando na 38º posição do ranking completo e cobrando R$27,66 pelo maço.
Levando em conta essa filtragem em conta, o Brasil aparece em 7º lugar do ranking do cigarro mais caro da América Latina.
Vale ressaltar que um levantamento deste ano feito pelo científico The Lancet divulgou que o Brasil lidera a lista de países na redução do número de fumantes.
Em contrapartida, um estudo feito pela Fiocruz no final de 2020 mostrou que o consumo de cigarro aumentou para 34% dos fumantes brasileiros durante a pandemia, com o sono, a solidão, a tristeza e o nervosismo sendo as principais causas para o ânsia do hábito aumentar gravemente.