Ministros do STF elogiam indicação de Cristiano Zanin por Lula para o Supremo Tribunal Federal
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou que a sabatina do advogado Cristiano Zanin, indicado por Luiz Inácio Lula da Silva para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), será realizada no dia 21 de junho. Zanin foi indicado para ocupar a cadeira deixada por Ricardo Lewandowski, que se aposentou recentemente.
Em uma publicação nas redes sociais, Alcolumbre confirmou a data e informou que o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) será o relator responsável por essa indicação. “A sabatina do indicado pelo presidente da República, o advogado Cristiano Zanin, ao Supremo Tribunal Federal-STF, acontecerá no dia 21 de junho, quarta-feira. O relator na CCJ será o competente senador, vice-presidente da Casa, Veneziano Vital do Rêgo”. Segundo o presidente da CCJ, a data foi definida em uma reunião realizada nesta segunda-feira (12) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Cristiano Zanin Martins, de 47 anos, é formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) desde 1999. Ele é especialista em litígios estratégicos e decisivos, tanto em casos empresariais quanto criminais, tanto no âmbito nacional quanto transnacional. Zanin foi advogado do presidente Lula nos processos relacionados à Operação Lava-Jato, sendo que sua atuação resultou na anulação das condenações de Lula pelo STF.
Em um processo liderado por Zanin, a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas reconheceu que a prisão de Lula em 2018 violou o devido processo legal e que, portanto, a proibição de sua participação nas eleições daquele ano violou seus direitos políticos, levando à vitória do atual presidente.
Quando o nome de Zanin foi anunciado no início deste mês, ministros do STF elogiaram sua indicação. Luiz Fux e Nunes Marques consideraram a indicação “ótima”. Luís Roberto Barroso classificou a atuação de Zanin como “de elevada qualidade profissional” nos casos que passaram pela Corte. “Será muito bem-vindo”, afirmou Barroso.